Energia solar se torna 2ª maior fonte da matriz elétrica brasileira em 2023
Fonte fotovoltaica chegou a 23,9 gigawatts de potência instalada

Foto: Reprodução/Pixabay
Um levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) mostra que a energia solar fotovoltaica alcançou a segunda posição na matriz elétrica brasileira no início de janeiro, representando 11,2%, com 23,9 gigawatts (GW) de potência instalada. A fonte solar é a que mais cresce no Brasil e, após ultrapassar a eólica (23,8 GW), está atrás apenas da hídrica (109,7 GW).
Thomas Knoch, CEO da Solar Vale, comentou que a procura pela energia limpa tem tido bastante incentivo, o que ajudou com que o mercado se expandisse. “O território brasileiro é privilegiado para a captação de raios solares e o mercado também já consegue oferecer tecnologia da melhor qualidade. Somando-se a isso ainda, há os incentivos dos governos e as facilidades de financiamento de projetos”, disse o especialista.
Knoch destaca também as outras vantagens da energia solar, para além do apelo ecológico, como a economia gerada, evidenciada com os constantes aumentos da conta de luz. Só no ano passado, a fonte fotovoltaica cresceu cerca de 60% no Brasil.
Os 23,9 gigawatts alcançados contemplam as usinas de grande porte e os sistemas menores de produção da própria de energia - a geração distribuída. Tais instalações, geralmente colocadas nos telhados de residências, empresas, comércios e em propriedades rurais, equivalem a maior fatia da energia solar do Brasil (16 GW) e puxaram o crescimento expressivo dessa fonte, principalmente no último ano.
Ainda segundo a Absolar, a fonte de energia solar fotovoltaica ajudou a evitar a emissão de 33,3 milhões de toneladas de CO2 na última década. Além de atrair R$ 120,8 bilhões em novos investimentos para o Brasil, gerar R$ 38 bilhões em arrecadação e mais de 705 mil empregos.