Equoterapia e o Autismo: Equipe multidisciplinar confirma benefícios da atividade para praticantes com TEA – Transtorno do Espectro Autista

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[Equoterapia e o Autismo:  Equipe multidisciplinar confirma benefícios da atividade para praticantes com TEA – Transtorno do Espectro Autista]

FOTO: Divulgação

Neste mês que as atenções se voltam para o Abril Azul – Mês Mundial de Conscientização do Autismo, um transtorno que afeta uma a cada 54 crianças, de acordo com dados de 2020 do CDC – Center for Disease Control and Prevention – uma agência de saúde dos EUA utilizada como referência no Brasil. A Associação de Equoterapia Vassoural (AEV), uma entidade sem fins lucrativos em Pontal/SP, há 18 anos trabalha a Equoterapia com crianças, jovens e adultos com diversas condições. Atualmente, recebe 50 praticantes por mês, entre eles, 12 estão diagnosticados com TEA e a observância de melhora de sintomas nestes praticantes é significativa!
 
Na Associação, 08 profissionais de diversas áreas de atuação executam a Equoterapia – uma atividade terapêutica cientificamente comprovada que utiliza cavalos como instrumentos nos atendimentos. Esta equipe profissional é composta por Fisioterapeuta, Psicóloga, Pedagoga, Educadora Física, Equitadora e Assistente Social. No autista, o relacionamento com o cavalo desperta a oportunidade de vivenciar experiências de afeto, aceitação e descoberta um do outro, através da consciência corporal, desenvolvendo a percepção em cada ação. “A qualidade de vida da pessoa com TEA pode ficar comprometida se não forem realizadas as várias terapias destinadas para este tipo de transtorno. Todo o seu potencial pode ser trabalhado desde o início de sua infância para terem resultados positivos, principalmente, para sua funcionalidade”, ressalta Aline D. Soares da Silva, psicóloga da AEV.
 
De acordo com ela, com o cotidiano de atividades desenvolvidas para os praticantes com TEA observou-se claramente benefícios como: desenvolvimento de esquema corporal, melhora de postura e equilíbrio, desenvolvimento da coordenação motora global, estruturação espacial, orientação temporal e melhora na aceitação e adaptação às novas situações. Além disso, ela relata que o movimento natural realizado pelo cavalo, ativa a glândula supra-renal que libera hormônios do bem-estar, gerando efeito tranquilizante, acalmando o praticante! “Isso influencia em uma melhora nos hábitos como morder, puxar cabelo, hiperatividade, hipersensibilidade a sons, entre outros, favorecendo novas formas de comunicação, socialização, autoconfiança e autoestima do praticante com TEA”, enfatiza.
 
Para ocorrer uma melhora significativa, a profissional da educação física Carolina P. Alves salienta que condições individuais são primordiais como: a frequência na atividade, o grau de acometimento, os estímulos recebidos em outras terapias e o envolvimento da família. Além disso, para que haja assimilação do aprendizado, três fatores assumem papel relevante no processo: a capacidade de manter a concentração e atenção, estabelecer vínculos e autoconfiança. “Todas estas circunstâncias interferem nas habilidades funcionais do indivíduo que, por meio da prática da Equoterapia, se tornará uma pessoa mais independente e com maior interação social.
 
Na AEV, todos os praticantes são atendidos por 1 ano, podendo ser prorrogado por mais 1 ano, visando rotatividade da lista de espera. Porém, há objetivos traçados pela equipe multidisciplinar no início do tratamento e os mesmos são considerados e reavaliados semestralmente. Mais informações sobre a AEV podem ser obtidas no site www.aevesporte.com.br


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