Erika Hilton denuncia jornalista por ataques homofóbicos em São Paulo

Adriana Catarina voltou a ser levada à delegacia por novos casos no próprio condomínio

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Erika Hilton denuncia jornalista por ataques homofóbicos em São Paulo

Foto: Reprodução/ Instagram

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) encaminhou ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) uma denúncia contra a jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira, de 61 anos, presa em flagrante no último sábado (14) após proferir ofensas homofóbicas a um homem dentro do Shopping Iguatemi, na zona oeste da capital paulista.

A representação foi feita em conjunto com o mandato da vereadora Amanda Paschoal e se baseia na queixa-crime registrada pela Polícia Civil. No texto publicado nas redes sociais, a parlamentar afirmou: “Adriana já havia sido presa, no domingo, por um ataque nojento que realizou no Shopping Iguatemi, mas foi liberada pela justiça e voltou para o condomínio em que mora, onde realizou novos ataques. Um condomínio que, conforme relatado a nós, está negligenciando o auxílio às vítimas. O que também consta na denúncia que apresentamos.”

O primeiro episódio, registrado em vídeo e amplamente divulgado nas redes, Adriana aparece chamando o designer Gabriel Galluzzi Saraiva de “bicha nojenta” dentro de uma cafeteria do shopping. 

Após o primeiro episódio, a jornalista voltou a ser conduzida à delegacia por conta de novas ofensas direcionadas a moradores do prédio onde reside. Ainda segundo Erika Hilton, a atuação do Ministério Público busca responsabilizar a agressora também por esses fatos. “Porque alguém que ataca um gay, pelo simples fato dele ser quem é, não está praticando mera injúria. Está praticando um crime de ódio, um crime discriminatório”, destacou a deputada.

A família da jornalista divulgou nota pública na qual afirma que Adriana enfrenta transtornos mentais graves há cerca de 20 anos, com acompanhamento médico contínuo. As filhas da comunicadora, que preferiram não se identificar, pediram desculpas às vítimas e relataram preocupação com o estado de saúde da mãe.

Adriana Catarina tem passagem por veículos como Rede Globo, TV Cultura e Record TV. Ela também é autora de livros e já manteve um blog sobre viagens e espiritualidade. Após ser liberada da delegacia, a jornalista gravou um vídeo em suas redes sociais alegando ter sido alvo de zombarias por conta de sua condição física. “Me chamaram de velha, me chamaram de doente e riram de mim”, disse.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a ocorrência foi registrada como injúria. Testemunhas ouvidas pela polícia confirmaram a versão da vítima. O Shopping Iguatemi, em nota, lamentou o ocorrido e reafirmou seu compromisso com o respeito à diversidade, classificando como “inegociável” a defesa de valores contra discriminação e intolerância.

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