Escolas de samba do Rio e São Paulo desfilam valorização e resgate dos negros, mulheres e indígenas
Carnaval de 2023 promete ser marcado por histórias que a História não conta

Foto: Reprodução
Escolas de samba do Rio de Janeiro e de São Paulo apresentarão enredos com o objetivo de reverter os apagamentos históricos. O Carnaval de 2023 será marcado por histórias que a História não conta e pela valorização da ancestralidade e resgate do protagonismo de negros, mulheres e indígenas. Com temas que vão da primeira negra a publicar um livro no Brasil ao samurai africano que se tornou herói no Japão, os desfiles dos Grupos Especiais ocorrem a partir desta sexta-feira, na capital paulista, e domingo, na carioca. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Para pesquisadores, as escolas de samba vivem um momento de volta às raízes e de valorização da origem negra, marcado pela vitória da Grande Rio no carnaval passado, com um enredo sobre exu - entidade ligada a religiões de matriz africana e estigmatizada por décadas.
Em São Paulo, a Mocidade Alegre vai proporcionar um enredo sobre Yasuke, o primeiro samurai negro de trajetória pouco conhecida fora do Japão. Já a Rosas de Ouro apresentará o enredo Kindala, com diferentes momentos históricos de protagonismo da população negra, principalmente na contemporaneidade.
No Rio, uma das histórias será a de Rosa Egipcíaca, primeira escritora negra do Brasil, chegada ao País em 1725 para ser escravizada e que se tornou uma santa popular em Minas Gerais.
Outras escolas dos Grupos Especiais também abordarão enredos de valorização da ancestralidade, do protagonismo feminino e da história dos povos originários.


