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Especialista americana diz que a próxima pandemia pode já estar em curso

Estudo desenvolvido por ela mostra formas simples para detectar e prevenir futuras ameaças a saúde

Por Da Redação
Ás

Especialista americana diz que a próxima pandemia pode já estar em curso

Foto: Reprodução/Universidade Federal do Ceará

A próxima ameaça de pandemia provavelmente já está se espalhando entre os humanos. Quem afirma é Maureen Miller, professora de Epidemiologia da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. Ela desenvolveu um sistema de alerta para vigilância de ameaças de pandemia, com financiamento da agência de desenvolvimento americana USAID.

No artigo em que ela escreveu para o site The Conversation, Miller conta que há uma estratégia simples para controlar surtos emergentes: vigilância de ambientes em que a disseminação de doenças de animais para humanos seja mais provável de ocorrer (de forma proativa e em tempo real).

A transmissão de doenças de animais para humanos sempre foi um problema. Em 1947, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou uma rede global de hospitais para detectar ameaças de pandemia por meio de um processo denominado "vigilância sindrômica".

Ele funciona como uma verificação de sintomas padrão em busca de sinais de doenças emergentes ou reemergentes com potencial pandêmico. A estratégia depende de indivíduos infectados e de autoridades médicas para soar o alarme. Ela acredita que não se deve esperar doentes aparecendo em hospitais, mas sim monitorar as populações em que o contágio de doenças realmente acontece.

Maureen, no entanto, afirma que há um obstáculo: "No momento em que um doente chega ao hospital, já ocorreu um surto". No caso do SARS-CoV-2, o vírus que causa a covid-19, a estratégia clínica, por si só, falhou. Segundo a pesquisadora, uma abordagem mais proativa está ganhando destaque no mundo da prevenção de pandemias, a teoria da evolução viral.

A teoria sugere que vírus animais se tornam vírus humanos gradativamente, através de transbordamentos zoonóticos, com um animal intermediário (como um pangolim ou um porco) transformando o vírus, permitindo que ele faça os primeiros saltos para humanos. "Mas os hospedeiros finais que permitem que uma variante se torne totalmente adaptada aos humanos devem ser os próprios humanos", lembra a professora.

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