Especialistas afirmam que a cada 10 mil vacinados contra a Covid-19, apenas 5 apresentaram reações

Ministério da Saúde diz que sintomas mais comuns são febre, dor de cabeça e diarreia

[Especialistas afirmam que a cada 10 mil vacinados contra a Covid-19, apenas 5 apresentaram reações]

FOTO: Reprodução/Tribuna de Jundiaí

Quando já contabilizava mais de dois milhões de pessoas vacinadas contra a Covid-19, o Ministério da Saúde havia recebido apenas 1.038 comunicações de eventos adversos por pessoas que já foram imunizadas. Desses casos, apenas 20 foram considerados graves, mas sua relação com as vacinas ainda precisa ser confirmada. Os dados são da última terça-feira (2), data da mais recente atualização da pasta. Especialistas afirmam que os números baixos de queixas reforçam o perfil de segurança das vacinas, notadamente a CoronaVac, utilizada em mais de 90% das imunizações até o momento e o imunizante da AstraZeneca/Oxford. 

Segundo eles, 5 a cada 10 mil vacinados relataram algum efeito colateral após tomarem a vacina, ou 0,05%. De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas mais comuns foram dor de cabeça, febre, dor muscular, diarreia, náusea e dor localizada. Houve a comunicação de um evento adverso grave apenas a cada 100 mil aplicações da vacina. Esses casos, entretanto, não necessariamente estão associados à vacina, o que se sabe apenas é que eles ocorreram após a aplicação da primeira dose.

Renato Kfouri, infectologista e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), pontua que "eventos graves" são aqueles que precisam de hospitalização, levam à morte ou a abortos em mulheres grávidas. "Se a pessoa toma a vacina e é atropelada no dia seguinte, por exemplo, isso é reportado (como evento grave). Se é efeito da vacina a investigação dirá depois. Quando você vacina milhões de pessoas, é natural que uma ou outra sofrerá um acidente ou terá um infarto no dia seguinte, três dias depois, por exemplo", explica.

Na última semana, o Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão do governo dos Estados Unidos que acompanha a vacinação no país, informou que, após a vacinação de 4 milhões de pessoas com a vacina produzida pela farmacêutica Moderna, foram registrados 1.266 eventos adversos, uma incidência ainda menor do que a do Brasil, de apenas 0,03%.

Para Natalia Pasternak, microbiologista e presidente do Instituto Questão de Ciência (IQC), os números são relevantes para aumentar a confiança da população na vacina, sobretudo em um ambiente em que setores específicos buscam minar a credibilidade da campanha nacional de imunização. Durante a fase de testes, por exemplo, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticaram a parceria do governo de São Paulo com a farmacêutica chinesa Sinovac.

"Os números iniciais são muito bons e ajudam a esclarecer para as pessoas que, em primeiro lugar, as vacinas continuam sendo avaliadas, os efeitos adversos são reportados e serão investigados. E a população se sente naturalmente mais segura ao ver que há poucos efeitos reportados", afirma. Segundo pessoas envolvidas nos testes clínicos do Butantan ouvidas pelo O Globo, o número de eventos adversos está dentro do esperado, sobretudo pela diferença na forma de monitoramento da pesquisa e a campanha de imunização.

"O que era feito com 40 mil pessoas no ensaio clínico, agora está na escala dos milhões. Ou seja, o acompanhamento não precisa ser tão minucioso porque o tamanho da amostra indica que qualquer efeito adverso vai aparecer pois é muita gente sendo vacinada. A minúcia no teste clínico garante (adiante) a segurança para a população", afirma Pasternak. 


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