"Esperamos um terço da economia mundial em recessão", diz chefe do FMI sobre cenário de 2023
Segundo Kristalina Georgieva, as três grandes economias do mundo estão 'desacelerando'

Foto: Reprodução/Agência Brasil
A chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, alertou que esse ano será mais difícil para a economia global do que o ano passado e o motivo, segundo ela, é porque as três grandes economias, os Estados Unidos, a União Europeia e a China, estão "desacelerando simultaneamente".
“Esperamos que um terço da economia mundial esteja em recessão”, disse ela, acrescentando que mesmo para países que não estão em recessão: “Seria como uma recessão para centenas de milhões de pessoas”.
Atualmente, o FMI projeta que o crescimento global seja de 2,7% este ano, desacelerando de 3,2% em 2022.
A desaceleração na China terá grande impacto globalmente, por ser a segunda maior economia do mundo. O líder chinês Xi Jinping disse no fim de semana que espera que a economia tenha crescido pelo menos 4,4% em 2022. O número é mais forte do que alguns economistas previam, mas muito abaixo da taxa de crescimento, que é 8,4%.
“Pela primeira vez em 40 anos, o crescimento da China em 2022 provavelmente será igual ou inferior ao crescimento global”, disse Georgieva. “Antes da Covid, a China entregava 34, 35, 40% do crescimento global. Não está mais fazendo isso”, disse ela, acrescentando ser um período “bastante estressante” para as economias asiáticas.
Os próximos meses serão “difíceis para a China e o impacto no crescimento chinês será negativo”, disse Georgieva, acrescentando que espera que o país avance gradualmente para um ‘nível mais alto de desempenho econômico e termine o ano melhor’ do que vai começar o ano”.