Estado do Arkansas, nos EUA, proíbe aborto em quase todos os casos

O estado do Arkansas, no Sul dos Estados Unidos, aprovou nesta terça-feira (10),  uma lei que proíbe o aborto mesmo em casos de estupro ou incesto. A medida tem como objetivo  pressionar a Suprema Corte americana a revogar uma decisão de 1973 que garantiu o direito ao aborto no país.

A única exceção prevista no texto promulgado no estado, que é conhecido pelo conservadorismo cristão, é "salvar a vida da mãe durante uma emergência médica", disse o governador do Arkansas, Asa Hutchinson. Ele declarou ter ratificado a lei seguindo suas "convicções sinceras" contra o aborto. 

O texto não deve entrar em vigor antes do meio do ano. A União Americana pelas Liberdades Civis (Aclu) anunciou que irá impugná-lo na Justiça. O tema divide os americanos e conta com uma oposição muito forte, principalmente nos círculos religiosos. Nos últimos 20 anos, os estados do centro e sul do país restringiram as possibilidades em que o aborto pode ser legal, o que forçou muitas clínicas a fechar as portas. Os ativistas contra o direito ao aborto querem que a Suprema Corte mude a regra para permitir que cada estado tome sua decisão sobre o tema.