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Estatais registram déficit recorde de R$ 18 bilhões durante o terceiro governo Lula

Segundo dados do Banco Central, resultado negativo teve início em 2023

Por Da Redação
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Atualizado
Estatais registram déficit recorde de R$ 18 bilhões durante o terceiro governo Lula

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Durante o terceiro mandato do presidente Lula (PT), as empresas estatais acumularam um déficit primário de R$ 18,5 bilhões, o maior registrado para o período em toda a série histórica. Os dados são do Banco Central (BC) e foram compilados pelo CNN Money.

Segundo o levantamento, o resultado negativo teve início em 2023, quando as estatais encerraram o ano com um déficit de R$ 2,2 bilhões.

Já em 2024, o valor chegou a R$ 8,07 bilhões, quase o quádruplo do registrado no ano anterior. Em 2025, entre janeiro e agosto, o déficit chegou a R$ 8,3 bilhões.

A Petrobras e os bancos públicos não estão contabilizados neste levantamento.

A Petrobras não está inclusa devido às características específicas da companhia, que adota práticas de governança corporativa semelhantes às de empresas privadas de capital aberto e possui autonomia para captar recursos nos mercados interno e externo.

Os Correios, que atravessam uma crise bilionária e recentemente anunciaram um plano de reestruturação com uma solicitação de empréstimo de R$ 20 bilhões, são os principais responsáveis pelo déficit. Sozinha, a estatal registrou um déficit de R$ 4,3 bilhões apenas no primeiro semestre de 2025. Em 2024, o prejuízo foi de R$ 2,6 bilhões.

O governo, porém, defende que o resultado primário não reflete de forma precisa a real situação financeira das estatais.

Segundo o Ministério da Gestão e Inovação (MGI), quando uma empresa realiza investimentos ou distribui dividendos aos acionistas utilizando recursos acumulados em exercícios anteriores, pode registrar déficit no resultado primário sem que isso represente, de fato, um desequilíbrio financeiro.

Na prática, o governo destaca que o resultado primário é calculado segundo a perspectiva das finanças públicas, conforme a metodologia do Orçamento da União, e não necessariamente reflete a situação de caixa ou o desempenho de mercado da empresa.

"Um déficit primário pode indicar um ciclo de investimento intensivo, financiado por recursos previamente acumulados ou por endividamento planejado, e não necessariamente uma falha de gestão ou insuficiência de receitas operacionais", afirmou.

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