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Estilo emo volta com tudo e une veteranos e nomes do pop

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Estilo emo volta com tudo e une veteranos e nomes do pop

Nova cena vai de Anitta a Fresno, além de nomes internacionais, como Olivia Rodrigo

Por Da Redação
Estilo emo volta com tudo e une veteranos e nomes do pop
Foto: Reprodução/Instagram

O que vem se desenhando na cultura pop nos últimos meses é a volta do estilo emo, apoiada pela geração que viveu o auge dessa cena e por expoentes da nova safra de cantores. Eles têm anunciado que chegou a hora de tirar os coturnos, os cintos com rebites, e as saias pregueadas, e os alfinetes do fundo do armário novamente.  

E o sinal mais barulhento dessa volta é o festival When We Were Young, que apesar de ocorrer só em outubro, causou um frisson quando anunciou o line-up com nomes como My Chemical Romance, Paramore e Avril Lavigne. Enquanto isso, no pop, Anitta se jogou nessa estética ao lançar o clipe “Boys don’t cry”, ecoando acordes que já vinham sendo resgatados por Willow Smith e Olivia Rodrigo.

O vocalista da banda Fresno, Lucas Silveira, afirma que a volta do estilo emo é uma redescoberta do que aconteceu há 20 anos. “São pessoas que viveram isso, às vezes, até escondido, como se fosse algo ruim. Hoje são adultas, não têm vergonha e sentem saudade da juventude”, analisa, em entrevista ao O GLOBO.

Lucas conta ainda que a raiz do emo está no anos 1990, com forte influência do punk rock e do hardcore, que dominavam a cena alternativa americana, que seguiam as vertentes do guitar rock e do indie.  “Naquela época, não tinha exatamente um visual. A aparência era de um maluco de banda. A coisa do emo só aconteceu quando foi ficando mais mainstream, depois do My Chemical Romance", diz. 

O professor do programa de pós-graduação em estudos culturais da Universidade Luterana do Brasil, Moysés Pinto, corrobora a afirmação do vocalista da Fresno. “Houve ali uma transição de uma juventude mais agressiva e masculinizada, que ouvia muito Nirvana e Oasis, para uma turma mais sensível, interessada em transgredir pelo caminho do escapismo. Queriam um mundo em que fossem compreendidos”, afirma. “Também são figuras andrógenas, que propõem uma desconstrução de masculinidade, algo muito pertinente a debates tão caros nos dias de hoje", diz ao O GLOBO.

Esse novo retorno é passível de várias interpretações e, por isso mesmo, a coordenadora do laboratório CultPop da Unisinos, Adriana Amaral, lembra em entrevista ao O GLOBO, como já foi apontado por teóricos, é comum que tendências sejam resgatadas a cada 20 anos. “Eu sempre brinco que essas estéticas são meio zumbis. Quando pensamos que morreram, elas retornam”, diz Amaral, que também prevê a volta de outras vertentes do rock nos próximos anos. “É quando a coisa deixa de ser cafona e emerge numa pegada mais alternativa", diz.

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