Estudo aponta que extinção humana não é o pior cenário de morte
Para entrevistados, sentir falta de entes falecidos é pior do que 'fim do mundo'

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Uma pesquisa feita pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, apontou resultados surpreendentes sobre a opinião das pessoas referentes a extinção humana. No levantamento, que entrevistou 2.500 pessoas dos Estados Unidos e do Reino Unido, três situações de extinção foram apresentadas: uma em que nenhuma grande catástrofe aconteceria, a outra seria uma catástrofe que acometia 80% da população e uma terceira, em que erradicaria a espécie humana por completo.
Como o esperado a maioria das pessoas responderam a primeira opção, mas o que deixou os pesquisadores intrigados foi que grande parte das pessoas se mostraram incomodadas com a última opção.
"Dessa forma, quando perguntados da maneira mais direta e sem qualificações, os participantes não consideraram a extinção humana excepcionalmente ruim", descreve o artigo feito pelos pesquisadores.
A grande problemática para a situação, foi referente aos sentimentos dos 20% da população que continuariam vivos e como sentiriam falta dos que se foram.
Por outro lado, quando questionado a mesma situação só que em vez de humanos serem zebras, as pessoas afirmaram que a perda total é mais trágica para o mundo do que a perda de 80% da espécie, considerando que os animais não teriam sentimentos.
Em entrevista para a Vox, o coautor do projeto, Stefan Schubert, afirmou que "as pessoas terão muita influência sobre o que vamos fazer (sobre as ameaças da extinção humana em um futuro próximo) ... Portanto, é importante descobrir como as pessoas pensam sobre eles".