Estudo aponta que pacientes da Covid-19 podem desenvolver tromboses

Pesquisa é desenvolvida nos EUA e na Europa

[Estudo aponta que pacientes da Covid-19 podem desenvolver tromboses]

FOTO: Agência Brasil

Pesquisadores dos Estados Unidos e da Europa chamam atenção da classe médica para a descoberta de microtrombos,  pequenos coágulos, em pulmões de pacientes que morreram após contrair a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Os estudo, que ainda estão em fase inicial, afirma que a doença aumenta o risco para a formação de trombos em pacientes, com ou sem histórico de doenças vasculares.

“A Trombose é a interrupção do fluxo de sangue nos vasos sanguíneos, veias e artérias, pela formação de um coágulo e pode acontecer em qualquer vaso do corpo, seja da perna, pulmão ou abdome”, explica o médico Angiologista e Cirurgião Vascular do NACE – Núcleo de Angiologia e Cirurgia Endovascular da Bahia, Leonardo Cortizo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a cada 37 segundos uma pessoa morre por complicações de um coágulo sanguíneo. Durante a pandemia a comunidade científica já encontra correlação entre problemas vasculares causados pela infecção viral que foram apresentados em pacientes.

Leonardo Cortizo destaca que 80% dos pacientes do Covid-19 evoluem com uma forma assintomática e leve da doença. Mas faz um alerta para os pacientes que vão precisar de internação. “Cerca de 20% vão evoluir para uma fase ainda mais grave e precisarão de Terapia Intensiva. E o que temos visto é que estes pacientes desenvolvem uma alteração importante na hemostasia – que é o nosso sistema de coagulação. O vírus tem um estímulo inflamatório que vai desviar a cascata da coagulação no sentido de formar uma maior quantidade de trombos. Além disso, há uma ação importante no endotélio do vaso - parede interna - e pode causar lesão, aumentando a inflação, mecanismo que pode causar coágulo”, esclarece.

A pesquisa aponta também, que é maior preocupação é que esses coágulos podem se soltar e migrar para os pulmões e, a depender do tamanho, interromper totalmente a circulação de sangue neste órgão, levando a uma embolia pulmonar, o que pode ocasionar a morte do infectado.  Enquanto aguarda novos estudos para entender melhor a doença, Cortizo lembra que a dosagem de anticoagulantes ainda está sendo debatida e precisa de embasamento científico para se tornar um protocolo de tratamento. 


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