Estudo aponta que vacina única da Johnson & Johnson é menos eficaz contra a variante Delta

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Nova York aponta  que a vacina única da Johnson & Johnson contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, é menos eficaz na prevenção de variantes do vírus. Os pesquisadores consideram o resultado bastante preocupante, principalmente porque a variante Delta do novo coronavírus agora é responsável por quase todos os casos de infecção por Covid-19 nos Estados Unidos. 

O levantamento, publicado no último dia 19, foi baseado em testes conduzidos em amostras de sangue coletadas de pessoas que receberam as três vacinas contra o coronavírus aprovadas para uso nos Estados Unidos. De acordo com o New York Times, as descobertas são consistentes com análises anteriores do desempenho da vacina de dose única AstraZeneca contra a variante Delta, que encontrou uma taxa de eficácia de cerca de 33%.

Os ensaios clínicos colocam a eficácia da vacina  Johnson & Johnson em cerca de 66% contra a cepa original do coronavírus, enquanto as vacinas Pfizer e Moderna de duas doses foram mais de 90% eficazes. Os resultados estão em desacordo com as de estudos menores publicados pela Johnson & Johnson no início deste mês, sugerindo que uma única dose da vacina é eficaz contra a variante mesmo oito meses após a inoculação.

Especialistas afirmam que os resultados são os esperados porque todas as vacinas parecem funcionar melhor quando administradas em duas doses. A porta-voz da J.&J, Seema Kumar, entretanto, afirma que os dados do novo estudo “não falam sobre a natureza completa da proteção imunológica”. Segundo ela, estudos patrocinados pela empresa indicam que a vacina “gerou uma atividade forte e persistente contra a variante Delta que se espalhava rapidamente”.