Estudo australiano conclui que tempo parece estar passando 5 vezes mais rápido do que nos primórdios do universo
Esta foi a primeira pesquisa sobre o tema que fez uso de quasares superbrilhantes

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O tempo parece correr cinco vezes mais devagar do que nos primórdios do universo. Essa é a conclusão de um estudo feito por cientistas da Universidade de Sydney, na Austrália.
A pesquisa, divulgada nesta segunda-feira (3), foi a primeira sobre o tema que utilizou objetos cósmicos "extraordinariamente brilhantes", chamados quasares, para confirmar o fenômeno.
"A teoria da relatividade de Einstein prevê que, como o espaço está se expandindo, devemos ver o universo distante rodar em câmera lenta”, explicou Geraint Lewis, astrofísico e principal autor do novo estudo.
Os pesquisadores já haviam usado antes as estrelas explosivas supernovas como relógios cósmicos para mostrar que o tempo corria duas vezes mais devagar séculos atrás.
O novo estudo usou quasares, ainda mais brilhantes, que possibilitaram a análise de um espaço de tempo ainda maior na história do universo de 13,8 bilhões de anos.
Embora "tudo pareça ter desacelerado", Lewis ressaltou que a experiência do tempo nesses lugares distantes não era diferente.
"Se eu pudesse transportá-lo magicamente de volta 10 bilhões de anos e deixá-lo ao lado de um desses quasares, e você tivesse um cronômetro, o tempo seria normal", disse ele à AFP. "Um segundo seria um segundo."