• Home/
  • Notícias/
  • Saúde/
  • Estudo da Fiocruz avalia impacto em bebês da infecção materna por zika

Estudo da Fiocruz avalia impacto em bebês da infecção materna por zika

Levantamento foi publicado no The Lancet Regional Health - Americas na última segunda-feira (28)

Por Da Redação
Ás

Estudo da Fiocruz avalia impacto em bebês da infecção materna por zika

Foto: Sumaia Vilela/Agência Brasil

Os impactos na saúde dos bebês da infecção de gestantes gerados pela zika, foram avaliados em uma colaboração nacional, formada por pesquisadores da Fiocruz e de outras 25 instituições do Brasil agrupados no Consórcio Brasileiro de Coortes relacionadas ao vírus zika (ZBC Consortium), com apoio da London School of Hygiene & Tropical Medicine (LSHTM).

Publicado no The Lancet Regional Health - Americas na última segunda-feira (28/11), o estudo revelou que aproximadamente um terço dos filhos de mães infectadas durante a gravidez apresentaram, nos primeiros anos de vida, anormalidades consistentes com a Síndrome da Zika Congênita (SZC).

Esta foi a pesquisa que conseguiu detectar com mais clareza a relação entre o vírus zika e possíveis distúrbios congênitos. A necessidade dessa avaliação surgiu após uma epidemia de microcefalia no Brasil em 2015, mas as amostras pequenas, a alta variabilidade entre as estimativas e a limitação dos dados de vigilância limitavam a possibilidade de calcular os riscos.

As manifestações da síndrome envolvem deficiências neurológicas funcionais, anormalidades de neuroimagem, alterações auditivas e visuais e microcefalia. Tais disfunções aparecem mais frequentemente de forma isolada do que em combinação, com menos de 0,1% das crianças expostas apresentando duas delas simultaneamente.

Os resultados foram encontrados a partir da análise combinada de dados de 13 estudos que investigam os resultados pediátricos em gestações afetadas pelo vírus zika durante a epidemia de 2015-2017 no Brasil. Esses dados abrangem todas as quatro regiões do país afetadas pela epidemia neste período.

Em relação à microcefalia, condição neurológica em que a cabeça do bebê é menor do que o esperado para sua idade e sexo, uma a cada 25 crianças nascidas de mães infectadas pelo vírus zika durante a gravidez apresentou a disfunção no nascimento ou durante o acompanhamento.

Na maioria dos casos, a condição era detectável próximo ao momento do nascimento, mas algumas crianças nascidas com perímetro cefálico normal desenvolveram a microcefalia nos anos seguintes. O risco de filhos de mães infectadas por zika na gestação apresentarem microcefalia foi de 2,6% no nascimento ou quando avaliados pela primeira vez, aumentando para 4,0% nos primeiros anos pré-escolares. 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br
*Os comentários podem levar até 1 minutos para serem exibidos

Faça seu comentário