• Home/
  • Notícias/
  • Brasil/
  • Estudo de agência da ONU mostra impacto da pandemia sobre rotas de cocaína no Brasil
Brasil

Estudo de agência da ONU mostra impacto da pandemia sobre rotas de cocaína no Brasil

O Brasil está na rota do tráfico da droga da América do Sul para Europa e África

Por Da Redação
Ás

Estudo de agência da ONU mostra impacto da pandemia sobre rotas de cocaína no Brasil

Foto: Unodc

De acordo com um estudo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Unodc, divulgado na semana passada, em todo o mundo, a produção global de cocaína alcançou níveis recordes de 1.982 toneladas em 2020. As rotas do tráfico internacional são determinadas por locais de produção e consumo. E o Brasil está na rota do tráfico da droga da América do Sul para Europa e África.

Mas medidas de combate à crise global de saúde causada pela Covid-19 parecem ter influenciado a produção global de cocaína e seu fornecimento no Brasil e arredores. Com a pandemia e o fechamento das fronteiras para conter a Covid-19, a consolidação interna, redistribuição e gerenciamento de estoques da droga dentro do Brasil foram impactados de forma negativa.

O tema é o quarto a ser debatido na série “Cocaine Insights” do Unodc e do Centro de Excelência para a Redução do Fornecimento de Droga Ilícita no Brasil, CoE. A publicação mostra mudanças no tráfico de drogas e nos padrões do crime organizado por meio de novos contextos da pandemia em relação à cadeia regional e transatlântica de produção e distribuição da cocaína.

Além disso, a compilação também descobriu que atividades, afetadas por medidas legais contra a Covid-19, interromperam a ação dos grupos do crime organizado, atingiram o curso de cocaína e maconha. As medidas também induziram transformações nas modalidades do tráfico, entre outros impactos, sobre o comércio da cocaína no Brasil e na região. As providências tomadas pelo fechamento permitiram a aplicação da lei e a dedicação de mais recursos para apreensão de drogas. 

A partir disto, subiram os números de várias apreensões de cocaína e cannabis. 
O relatório também detalha o alargamento da entrega de maconha pelo país inteiro, enquanto o impacto sobre a cocaína variava pelos estados, apesar de uma queda geral nas quantidades apreendidas.

Os dados sobre apreensão de carregamentos de cocaína indicam que desde o início da pandemia, os estados do oeste do Brasil viram uma tendência de aumento de cocaína. Já os estados do leste registram uma onda de queda combinada à baixa de volumes de portos marítimos fora do país.

Grupos de crimes organizados

O “Cocaine Insights” revela ainda que as medidas de combate à pandemia trouxeram dificuldades para os grupos do crime organizado moverem lotes de cocaína para os portos de saída e áreas de consumo.
 
As barreiras para o transporte entre as fronteiras levaram a uma alta de voos clandestinos e com isso ao aumento de fluxos nos estados do oeste, que fazem fronteiras com outros países sul-americanos.

A queda nas apreensões de cocaína nos portos marítimos do Brasil ocorreu em paralelo com as reduções da cocaína apreendida em países de destino, como as nações do oeste e do centro da Europa de malotes que teriam partido do Brasil.

Pandemia 

A interrupção dos fluxos da droga do Brasil parece ter sido temporária. O estudo do Unodc apresenta um quadro da pandemia acelerando tendências existentes no tráfico de cocaína.
 
Com a pandemia de Covid, as agências reguladoras tiveram que adaptar e impedir algumas ações da polícia. Ao mesmo tempo, medidas de fechamento facilitaram a apreensão de droga nas estradas.
 
Para o Unodc, o foco deve ser nas pessoas e na consideração abrangente de aspectos sociais e econômicos.
A série Cocaine Insight foi criada pelo Unodc no quadro do CRIMJUST programme e em colaboração com parceiros nacionais, regionais e internacionais. 

Para o capítulo sobre o Brasil participaram as autoridades do país incluindo o Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário