Estudo internacional aponta que extrato de planta pode aliviar malária
Não existe confirmação científica, no entanto, deste suposto poder curativo

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Um estudo realizado por cientistas internacionais mostra que o extrato de anemonina, presente na planta Ranunculus multifidus, mais conhecida como botão de ouro, pode ajudar no tratamento da malária. No levantamento, publicado na última edição da revista especializada Molecules, os autores relatam que a planta é usada em alguns países africanos para tratar a doença. Não existe confirmação científica, no entanto, desse poder curativo.
"Até agora, não se sabia quais ingredientes a planta tinha e quais deles poderiam ter um efeito positivo no tratamento dessa enfermidade", afirma, em comunicado, Kaleab Asres, pesquisador da Universidade de Addis Ababa, na Etiópia, e um dos autores do estudo.
A equipe retirou extratos das folhas da planta e os testou em camundongos: "Nós infectamos os animais com o parasita Plasmodium berghei, que causa malária em alguns roedores. Em humanos, a malária é causada por espécies aparentadas de plasmódio", explica Betelhem Sirak, coautor do trabalho e pesquisador da Universidade Arba Minch, também na Etiópia.
Algumas cobaias receberam cloroquina, um medicamento estabelecido e eficaz para o tratamento da malária. Outras foram tratadas com diferentes doses do extrato da planta. As análises renderam resultados promissores, avaliou o grupo. A equipe suspeita que, assim como a cloroquina, a anemonina afeta o metabolismo do parasita, embora, provavelmente, o ataque em um local diferente. Isso seria uma boa notícia porque os plasmódios desenvolveram resistência à cloroquina em algumas áreas da África Oriental e Ocidental, ressaltaram os responsáveis pela pesquisa. "A anemonina pode ter o potencial de contornar essa resistência", aposta Peter Imming, coautor do estudo e professor da Universidade Arba Minch.