Estudo publicado explora origem da peste bubônica

Pandemia medieval pode ser matado até 60% da população da Eurásia

[Estudo publicado explora origem da peste bubônica]

FOTO: Reprodução/Shutterstock

Um estudo publicado pela revista Nature, na última quarta-feira (15), explorou a origem de um dos maiores mistérios da Arqueologia: a pandemia medieval de Peste Negra, ou peste bubônica, que teria acontecido entre os anos de 1346 e 1353.

A história aponta que a doença que pode ter matado quase 60% da população da Eurásia da época. Para o desenvolvimento da pesquisa, os cientistas analisaram DNA antigo de restos humanos, além de dados históricos e arqueológicos de dois cemitérios que continham a inscrição “pestilência”.

Causado pela bactéria Yersinia pestis, o surto de peste bubônica foi responsável por uma pandemia que durou quase 500 anos, sendo reconhecida como uma das maiores calamidades da história humana.

“É como encontrar o lugar onde todas as cepas se juntam, como no coronavírus, onde temos Alpha, Delta, Omicron, todas provenientes dessa cepa em Wuhan”, afirmou Johannes Krause, paleogeneticista do Instituto Max Planck, co-líder do estudo.

Entre os possíveis indícios da origem da segunda pandemia da peste, foram investigados os cemitérios de Kara-Djigach e Burana, localizados no vale de Chüy, perto do lago Issyk-Kul, no atual Quirguistão. 

A equipe exumou os restos mortais de sete indivíduos e realizou exames de DNA no material. Cruzando dados de evidências ecológicas e históricas com essas amostras genéticas, os cientistas investigaram a Y. pestis e o desenvolvimento epidêmico.

Nos estudos, foram identificados dois genomas antigos da bactéria, derivados de uma única cepa. Assim, para a comprovação das hipóteses, os cientistas realizaram uma comparação da cepa antiga recuperada com as cepas modernas, localizadas em reservatórios de peste ao redor das montanhas Tian Shan, fronteira natural entre o Quirguistão e a China.

"Isso aponta para uma origem do ancestral da Peste Negra na Ásia Central”, conclui o autor sênior do estudo, Johannes Krause.


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