Estudo revela que mais da metade dos adultos que moram em SP têm alguma proteção contra a Covid-19
Pesquisa conclui que cerca 3,5 milhões de pessoas já se infectaram na maior cidade do país

Foto: Reprodução/Money Times
Um estudo realizado na cidade de São Paulo (SP) entre o final de abril e início de maio aponta que 41,6% da população da acima dos 18 anos já desenvolveu algum tipo de anticorpo contra o coronavírus pelo contato direto com o vírus. O percentual de pessoas com anticorpos chega a 51,1% quando somam-se os adultos já vacinados contra a doença.
Os números são de um levantamento realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) com o Grupo Fleury e o Ipec - Inteligência em Pesquisa e Consultoria. Em sua sexta fase de análise, a pesquisa conclui que aproximadamente 3,5 milhões de pessoas já se infectaram na capital, mais que o triplo do 1,1 milhão registrado oficialmente.
Dentre os casos positivos, 11,7% foram registrados durante a segunda onda da pandemia, entre a última semana de março e 1º de maio. "O número de infectados reportado pela Prefeitura é bem menor do que o verdadeiro", explica o biólogo Fernando Reinach. “Você fica com a impressão de que a pandemia está começando na capital, mas na verdade já são 3,5 milhões de infectados.", completa.
Ainda assim, a capital paulista está longe de atingir o percentual entre 70 e 80% da chamada "imunização de rebanho". Até chegar lá, a população vai continuar desenvolvendo anticorpos, seja pelas novas infecções ou pela ampliação do acesso às vacinas.
Como o ritmo de imunização tem oscilado, Celso Granato, diretor clínico do Grupo Fleury, acredita que as recém-anunciadas flexibilizações da quarentena no Estado são uma "atitude de alto risco", principalmente com as novas variantes e o "vírus mais transmissível".
"Isso vai depender da quantidade de casos e do número de vacinação. Se tiver pouca vacina, o caso vai subindo por causa da infecção. Por enquanto, estamos perdendo a batalha contra o vírus - ele tem se espalhado mais rápido do que a nossa capacidade de imunizar", explica Reinach.