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Estudo revela que microbiota intestinal pode influenciar no câncer colorretal

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Estudo revela que microbiota intestinal pode influenciar no câncer colorretal

Pesquisadores identificam diferenças significativas em microbiotas de indivíduos com lesões potencialmente cancerígenas

Por Da Redação
Estudo revela que microbiota intestinal pode influenciar no câncer colorretal
Foto: Reprodução/Istock/ilustrativa

Um grupo de pesquisadores da Dinamarca apresentou, durante a UEG Week 2023, evento da United European Gastroenterology, um estudo que revela diferenças notáveis nas microbiotas intestinais de pessoas que desenvolveram lesões com potencial transformação em câncer colorretal, em comparação com aquelas que não tiveram tais condições.

O estudo abrangeu mais de 700 participantes ao longo do período de 2000 a 2022. Durante esse intervalo, foram coletadas amostras de fezes dos participantes, abrangendo o período de 2000 a 2015, antes do desenvolvimento de lesões ou câncer colorretal.

As amostras de fezes posteriores a 2015 foram obtidas após o surgimento de lesões ou câncer colorretal em alguns dos participantes. Os pesquisadores, então, compararam as microbiotas intestinais com base nas amostras coletadas em ambas as fases do estudo. A análise revelou notáveis diferenças nas microbiotas intestinais de indivíduos que desenvolveram lesões ou câncer colorretal em comparação com aqueles que não apresentaram essas condições. Os cientistas também identificaram uma associação entre bactérias da família Lachnospiraceae e dos gêneros Roseburia e Eubacterium com o desenvolvimento futuro de pólipos colorretais com potencial cancerígeno.

O autor principal do estudo, o pesquisador Ranko Gacesa, do Centro Médico da Universidade de Groningen, esclarece que, embora não tenham investigado os mecanismos detalhadamente neste estudo, pesquisas anteriores sugerem que algumas das espécies bacterianas identificadas podem ter propriedades que contribuem para o desenvolvimento de lesões colônicas. Por exemplo, a bactéria Bacteroides fragilis é conhecida por produzir uma toxina que pode levar à inflamação crônica de baixo grau no intestino, processo potencialmente genotóxico e cancerígeno.

Essa descoberta abre perspectivas para a utilização de bactérias intestinais na criação de novos exames visando à detecção precoce do câncer colorretal. Estimativas oficiais apontam que os tumores colorretais de início precoce devem se tornar a principal causa de morte por câncer em pessoas entre 29 e 50 anos nos Estados Unidos em breve.

No Brasil, a incidência desse tipo de câncer aumentou significativamente desde a década de 1990, com um crescimento ainda mais acentuado entre indivíduos com menos de 30 anos. O Inca (Instituto Nacional do Câncer) estima que anualmente surgirão 44 mil casos no país. A maioria dos cânceres colorretais tem origem em crescimentos chamados pólipos, localizados no revestimento interno do cólon ou reto. Embora nem todos os pólipos evoluam para câncer, alguns tipos podem passar por essa transformação ao longo de vários anos, variando conforme o tipo em questão.

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