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EUA ameaçam sobretaxar produtos da França por conta de imposto digital

França se diz pronta para retaliar ameaça

Por Da Redação
Ás

EUA ameaçam sobretaxar produtos da França por conta de imposto digital

Foto: Reprodução / Ludovic Marin / AFP

Após o relatório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR), Robert Lighthizer, apontar que o imposto francês pune empresas americanas como Google, Apple, Facebook e Amazon, o governo dos Estados Unidos ameaçou nesta segunda-feira (2) aplicar tarifas de até 100% sobre US$ 2,4 bilhões movimentados por produtos franceses em retaliação a uma taxa sobre serviços digitais cobrada por Paris que Washington considera discriminatória para as empresas do país.

Vinhos espumantes e queijos estão na lista de produtos do país europeu que seriam afetados a partir de meados de janeiro.

O anúncio "envia um sinal claro de que os Estados Unidos agirão contra tarifas digitais que discriminam ou impõem encargos indevidos às empresas norte-americanas", afirmou Lighthizer através de um comunicado. O USTR alertou que Washington está considerando ampliar sua análise a medidas similares aplicadas na Áustria, Itália e Turquia.

Washington lançou essa ameaça um dia antes do presidente Donald Trump se encontrar em Londres com seu colega francês, Emmanuel Macron, durante a reunião de cúpula da Otan.

A taxa francesa de serviços digitais, conhecida como "Gafa" (Google, Apple, Facebook e Amazon), foi promulgada este ano e impõe um imposto de cerca de 3% sobre o faturamento de empresas de tecnologia na França, que geralmente vem de publicidade online e venda de dados para fins publicitários.

O imposto atinge empresas com mais de 25 milhões de euros de receita na França e com receita anual de pelo menos 750 milhões de euros (cerca de US$ 830 milhões) em suas atividades digitais globais. A taxa francesa aplica-se à arrecadação e não aos lucros, que os gigantes da tecnologia costumam declarar em países com baixos impostos como a Irlanda, uma prática que irrita cada vez mais os governos da Europa.

Bruno Le Maire, ministro francês da Economia considerou "inaceitáveis" as ameaças de represálias dos Estados Unidos e espera que União Europeia responda "com força". "O projeto, que pode ser aplicado em 30 dias, de novas sanções contra a França é inaceitável", afirmou Le Maire a uma emissora de rádio.

"Não é o comportamento que esperamos dos Estados Unidos em relação a um de seus principais aliados, a França, e de maneira geral a Europa", apontou. "Em caso de novas sanções norte-americanas, a União Europeia estará pronta para retaliar". Mais tarde ele disse em uma coletiva de imprensa: "Não estamos mirando nenhum país".

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