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EUA: Médico que tratou primeiro caso de covid-19 teme segunda onda

O infectologista diz que o isolamento ainda é o tratamento "mais eficaz" contra a covid-19

Por Da Redação
EUA: Médico que tratou primeiro caso de covid-19 teme segunda onda
Foto: Reprodução / UOL

George Díaz, o médico que tratou o primeiro paciente em recuperação de covid-19 nos Estados Unidos, diagnosticado em janeiro no estado de Washington, disse nesta segunda-feira (4) que teme um segundo surto da doença quando as medidas de contenção são levantadas.

O caso número um do novo coronavírus no país foi tratado com remdesivir, um remédio que a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos autorizou na sexta-feira (1) para uso emergencial.

De acordo com o infectologista, é encorajador ter esse antiviral, mas ele enfatizou que o isolamento para evitar o contágio ainda é o tratamento "mais eficaz" contra a COVID-19 por enquanto.

George Díaz não escondeu sua preocupação com a pandemia diante da diminuição das restrições para conter o vírus, que colocou o planeta na pior recessão desde a Grande Depressão, quase um século atrás. 

"O que me preocupa é que, quando a economia começar a reabrir, veremos um segundo surto que talvez seja tão grande quanto o primeiro, e o primeiro foi muito difícil para nós e para todos", disse Díaz para a imprensa durante uma videoconferência organizada pelo Departamento de Estado.

"E mais do que tudo, estou preocupado por não saber se teremos os recursos para lidar com um segundo surto", acrescentou. 

Os números apontam que quase 250.000 pessoas morreram com o novo coronavírus em todo o mundo desde seu surgimento na China no final do ano passado. Mais de 68.000 morreram nos Estados Unidos, o país mais afetado, que nas últimas seis semanas registrou 30 milhões de desempregados. 

"Felizmente, parece que temos um agente em nosso arsenal contra a COVID-19, mas precisamos usá-lo com muita cautela. Isso não deve ser usado como muleta para as pessoas dizerem: 'Agora eu posso fazer o que eu quiser, porque temos um tratamento'", enfatizou Diaz, que contribuiu com os estudos do laboratório Gilead para testar a eficácia do remdesivir no tratamento do coronavírus.

"As diretrizes que orientam o distanciamento social devem ser seguidas, porque esse é o tratamento mais eficaz que temos para a COVID-19 no momento", declarou.

O medicamento remdesivir havia sido desenvolvido para tratar o vírus Ebola, uma febre hemorrágica contra a qual não teve muito sucesso.

"Espero que, após uma análise mais aprofundada, especialmente em relação à (redução da) mortalidade, a FDA possa autorizar este medicamento para uso geral", afirmou o infectologista. 

O médico informa que entre os efeitos colaterais, ele mencionou náusea e, em menor grau, alterações nos rins e no fígado, mas observou que o tratamento só precisava ser interrompido por razões renais em idosos. 

"Esperamos ter a vacina dentro de um ano. "Enquanto isso, é importante encontrar alguma terapia e parece que o remdesivir funciona contra o vírus", concluiu George Díaz. 
 

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