EUA não respondem carta de negociação do Brasil; Lula planeja nova tentativa
Autoridades brasileiras enviaram documento a Donald Trump há dois meses, quando o presidente americano anunciou taxa recíproca de 10% imposta sobre produtos nacionais

Foto: Alan Santos/PR | Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
O governo dos Estados Unidos não respondeu à carta de tentativa de negociação do Brasil, como informou o vice-presidente Geraldo Alckmin nesta terça-feira (15). As autoridades brasileiras enviaram o documento ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, há dois meses, quando o republicano anunciou uma taxa recíproca de 10% imposta sobre os produtos nacionais.
No entanto, o governo de Luís Inácio Lula da Silva (PT) planeja uma nova tentativa de diálogo com Trump, diante da tarifa de 50% anunciada recentemente sobre as importações brasileiras.
"Enviamos uma carta confidencial há dois meses sobre tratativas de acordo e de entendimento, mas não obtivemos resposta. Faz dois meses. O que nós vamos encaminhar é uma carta dizendo que aguardamos a resposta e continuamos empenhados em resolver este problema", afirmou o vice-presidente.
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Alckmin se reuniu na manhã desta terça-feira (15) com representantes da indústria para discutir soluções em relação ao impasse das tarifas.
Durante o encontro, foi acordado que os fabricantes comecem uma negociação paralela com seus homólogos americanos, como importadores e exportadores, para reverter a imposição da taxa sobre os produtos brasileiros. A administração de Lula argumenta que a medida aumentará os custos para os próprios americanos.
"Nós queremos resolver o problema o mais rápido possível, se houver necessidade de mais prazo, vamos trabalhar nesse sentido", reforçou Alckmin.
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