Exclusiva: BTG Pactual negocia aquisição do Banco Econômico

Mercado estima que BTG vai pagar o valor de R$ 300 milhões ao grupo liderado pelo ex-banqueiro Ângelo Calmon de Sá

Por Da Redação
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Exclusiva: BTG Pactual negocia aquisição do Banco Econômico

Foto: Reprodução

Fontes do Farol da Bahia afirmam que o BTG Pactual está comprando créditos devidos pelo Banco Econômico, como primeiro passo para a compra do extinto banco, em liquidação extrajudicial desde agosto de 1996. 

Em 2017, o BTG assinou um contrato de confidencialidade para ter acesso às informações sobre o que restou do Banco Econômico. Depois de avaliar as informações do Banco Banif, o BTG desistiu da compra da instituição. No final de 2014, o patrimônio líquido do Econômico estava negativo em mais de R$ 1,9 bilhão. A negociação agora voltou com toda força, segundo informações das fontes que procuraram o Farol da Bahia.

O mercado estima que o BTG vai pagar o valor de R$ 300 milhões ao grupo liderado pelo ex-banqueiro Ângelo Calmon de Sá. 

De acordo com as mesmas fontes, o BTG se empenha na compra de créditos com deságio alto antes da conclusão do negócio com o banqueiro Ângelo Calmon de Sá. Nesse contexto, se  insere o leilão, com desagio de créditos de titularidade do BNDES e do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) programado para ser realizado em sessão pública no dia 10 deste mês, do qual o BTG, através, de um dos fundos que administra, deverá participar.

A ideia é fechar a maior quantidade de compra de créditos antes da consumação do negócio para baratear o custo da compra de aquisição e evitar eventuais dificuldades para o Banco Central por parte dos credores e para que se proceda a transferência do controle do Banco.

O Banco Central, que controla a liquidação extrajudicial do Banco Econômico, só deve autorizar a venda após o recebimento do seu crédito e , possivelmente, dos demais credores da massa em liquidação, tendo em vista a responsabilidade que lhe pode ser atribuída e aos controladores e ex-diretores do Banco Econômico.

Ainda segundo o apurado, o BTG quer se beneficiar do prejuízo fiscal do Econômico para aumentar o lucro em suas operações

Segundo o Valor Econômico, em 1999, o Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia contra os administradores do Banco Econômico, a partir de informações obtidas durante a intervenção do Banco Central. Entretanto, a maior parte das ações penais contra o ex-banqueiro Angelo Calmon de Sá prescreveram (em outubro de 2015), devido ao prazo decorrido do início da ação e, também, ao fato de Calmon de Sá ter passado dos 70 anos de idade. Quando condenado a primeira vez, em setembro de 2007, tinha 72 anos.

A acusação apontou que o banco captava linhas de crédito com instituições financeiras no exterior para financiar exportações brasileiras. Conforme o MPF, o Econômico usava o mesmo contrato para fazer mais de uma operação e os recursos extras levantados eram usados para dar liquidez ao próprio banco e esconder a real situação financeira das empresas controladas.

A fonte informou ainda, que com a compra do BTG, "Ângelo Calmon vai se dar bem", beneficiando-se da valorização dos bens do Banco, com a ajuda do PROER e depois do sofrimento dos credores prejudicados, por mais de 20 anos com o não pagamento dos seus créditos e congelamento dos valores em razão da estagnação da variação da TR na correção dos créditos devidos pelo Banco.

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