Executivo afirma que o "Brasil deve colocar seus interesses na mesa" para a COP30
Fabio Cruz aponta eixos estratégicos para o país, como desmatamento, biodiversidade e finanças verdes

Foto: Rodrigo Pinheiro/Agência Pará
O executivo da ESG & Risco Social, Ambiental e Climático da XP Inc., Fabio Cruz, afirmou que o Brasil precisa colocar outros tópicos em discussão além da participação formal nos debates climáticos. Durante o evento Ponto de Mudança nesta quinta-feira (26), o executivo reforçou a importância do país assumir uma postura ativa nas negociações internacionais e colocar os interesses brasileiros na mesa.
"A gente também espera que o Brasil tenha a capacidade de influenciar e colocar seus interesses na mesa, para conseguir avançar com cada um dos objetivos que o país tem dentro dessa agenda", afirmou.
No evento, Cruz apontou três eixos estratégicos como prioridades e que, segundo ele, devem ganhar destaque na COP30, marcada para Belém–PA. O primeiro tópico é o desmatamento, que exige tanto o controle e fiscalização quanto inovações e tecnologias voltadas à preservação ambiental.
Já o segundo eixo é a economia da biodiversidade, que trata os recursos naturais como ativos econômicos e defende a inclusão nas políticas de desenvolvimento.
Por fim, o financiamento climático foi definido pelo executivo como tema-chave. Conforme Fabio, as metas climáticas assumidas pelo Brasil correm o risco de não sair do papel sem os mecanismos robustos de financiamento.
"Esses três temas são estruturantes. São eles que podem posicionar o Brasil com força e legitimidade na agenda internacional, em áreas como alimentação, sustentabilidade e clima", concluiu.
A "COP30" está marcada para 2025 em Belém, capital do Pará. Será a primeira Conferência da ONU sobre mudanças climáticas realizada na Amazônia.
O evento visa representar uma oportunidade histórica para o Brasil apresentar ao mundo soluções enraizadas nas realidades dos povos amazonenses, além de reforçar sua posição como um país líder em questões ambientais globais.