Exército da República Democrática do Congo resgata mais de 150 reféns de grupo ligado ao Estado Islâmico
O grupo é considerado mais perigoso e letal entre cerca de 100 ativos no leste do país
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O Exército da República Democrática do Congo anunciou, neste domingo (25), que mais de 150 reféns sequestrados pelo grupo armado das Forças Democráticas Aliadas (ADF) foram liberados.
"Após as ofensivas contra as ADF de 18 a 20 de julho nas localidades de Boga e Tchabi, no território de Irumu, o Exército conseguiu libertar mais de 150 civis: mulheres, idosos, crianças e jovens", anunciou o tenente Jules Ngongo, porta-voz militar em Ituri.
Os vilarejos de Boga e Tchabi estão localizados a cerca de 120 km ao sul de Bunia, capital da província de Ituri, onde estão os rebeldes da ADF.
De acordo com um líder local, Rubingo Kabimba, cerca de 20 pessoas de Boga foram libertadas, mas contou que "outras 16 ainda estão desaparecidas".
As autoridades locais acusaram os rebeldes da ADF de terem matado 50 civis nas aldeias de Boga e Tchabi no fim de maio. Neste mesmo local eles atacaram um campo de refugiados.
O grupo é considerado mais perigoso e letal entre cerca de 100 ativos no leste do país. É acusado de massacres de civis que causaram cerca 6 mil mortes desde 2013, segundo um relatório do episcopado congolês.
A organização terrorista Estado Islâmico assumiu a responsabilidade por alguns dos ataques cometidos pelas ADF desde 2019, por meio das redes sociais. O Estado Islâmico considera o grupo como parte integrante da sua "Província da África Central".
