Exportações de carne bovina para China devem ser retomadas em abril, aponta AEB
Cálculo da Associação dos Exportadores é de prejuízo de US$ 500 milhões

Foto: CNA/Wenderson Araújo/Trilux
O presidente da Associação de Exportadores Brasileiros (AEB), José Augusto de Castro, afirmou nesta quinta-feira (23), que a suspensão das exportações de carne bovina para a China deve durar até abril.
Em entrevista à CNN, o executivo disse que o prazo é mais realista pelo tempo necessário para esclarecer todos os pontos e retomar os embarques. Para Augusto de Castro, o setor vai amargar um prejuízo de cerca de US$ 500 milhões.
“Esse valor é muito distante do prejuízo bilionário do período de suspensão em 2021, mas vai acontecer. Além disso, os embarques serão adiados, os produtores não vão perder tudo por causa da suspensão. Parte pode ser direcionada ao mercado interno e também a outros países”, disse o presidente da AEB.
A suspensão dos embarques foi acionada após a confirmação de um caso de vaca louca numa fazenda no Pará. O Brasil adota o autoembargo para cumprir um protocolo sanitário assinado com a China em 2015.
A última vez que isso aconteceu foi em 2021, quando o país ficou mais de 100 dias sem exportar carnes para os chineses. A demora aconteceu por causa da relação conflituosa do ex-presidente Jair Bolsonaro com a China.