Falta de atividade física causa gastos de R$ 300 milhões ao SUS, aponta estudo
Estudo é da Universidade Federal Fluminense (UFF)

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Um estudo realizado pela Universidade Federal Fluminense (UFF) concluiu que a falta de atividade física dos brasileiros, em diferentes regiões do país, causa um impacto econômico de cerca de R$ 300 milhões somente com internações no Sistema Único da Saúde (SUS). Os valores são de 2019.
O subchefe do Departamento de Economia da UFF e coordenador executivo da pesquisa, denominada “Implicações socioeconômicas da inatividade física: panorama nacional e implicações para políticas públicas”, Marco Antonio Vargas, disse, em entrevista à Agência Brasil, que “esse custo seria evitável na medida em que você ampliasse o acesso da população a programas de promoção de atividade física”, falou Vargas.
Ele afirmou que esses programas devem ser direcionados a variados segmentos de diferentes faixas da população. “Você tem carências muito claras em alguns setores, principalmente em populações mais vulneráveis”, ponderou. Aí entram ações promovidas pelos municípios. O estudo tem o objetivo de contribuir para a formulação e implementação de políticas em saúde preventiva, assim como ao estímulo à prática de atividade física no país.
O estudo focou em estudar as pessoas maiores de 40 anos de idade. Buscou-se correlacionar os dados com os custos de tratamento no SUS, isto é, custos de hospitalização.
O levantamento envolveu uma equipe interdisciplinar de pesquisadores, coordenada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia - (In) Atividade Física e Exercício da UFF - e foi feito em 2019, antes da pandemia do novo coronavírus.
Os pesquisadora buscam agora atualizar os dados, obtendo informações de 2020 até a atualidade.