“Farei o que estiver ao meu alcance para aproximar o BC do governo”, afirma Campos Neto

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou, na noite dessa segunda-feira (13), que está disposto a aproximar a autoridade monetária do governo federal. A declaração ocorreu durante sua participação no programa de entrevistas Roda Viva, da TV Cultura.

“Queria começar fazendo esse registro. Que o Banco Central precisa trabalhar junto com o governo, e que eu vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para aproximar o Banco Central do governo”, disse Neto.

Questionado sobre a política monetária que a instituição tem adotado, em especial, com relação ao patamar elevado de juros básicos praticados no Brasil, o presidente do BC destacou que a empresa “não gosta de juros altos” e pontuou que não se pode realizar uma política social sem uma política fiscal.

“Acreditamos que é possível fazer fiscal, junto com o bem-estar social. Mas acreditamos que é muito difícil ter bem-estar social com a inflação descontrolada. Porque a inflação é um imposto que afeta muito a classe mais baixa”.

Em sua declaração, Campos Neto ainda concordou que a atual taxa apresenta um patamar alto e que o debate sobre um ciclo de quedas é algo essencial para a sociedade. “Juro real no Brasil é alto? É alto. E esse é uma questão legitima para a sociedade. Eu estou disposto a explicar quantas vezes for necessário”.