Farmacêuticas buscam autorização ou inclusão de remédios contra a Covid-19 no SUS
A MSD está em tratativas com a Anvisa para a liberação emergencial do antiviral Molnupiravir

Foto: Donato Fasano/Getty Images
Após a provação das vacinas, as farmacêuticas no Brasil investem na autorização ou inclusão de medicamentos contra a Covid-19 no SUS.
Um exemplo disso é a MSD que está em tratativas com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a liberação emergencial do antiviral Molnupiravir. A farmacêutica espera que a autorização ocorra em fevereiro para que no mês seguinte, em março, o medicamento esteja no mercado.
"Além da parte regulatória, estamos em conversas avançadas com a Fiocruz. O objetivo é trazer o Molnupiravir ao país por meio de uma colaboração tecnológica. O que dá à instituição a possibilidade de ter etapas do processo produtivo", conta Mário Ferrari, diretor da unidade de negócios de infectologia da MSD.
A Pfizer iniciou conversas com a Anvisa, em relação ao seu antiviral, no entanto, ainda não solicitou o uso emergencial. Representantes da empresa disseram aos técnicos que o pedido deve ser feito em fevereiro.
Já os medicamentos que foram aprovados pela Anvisa, solicitaram, no começo deste ano, a liberação Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, a Conitec, para que esses fármacos estejam disponíveis na rede pública e não somente em hospitais particulares.
Um desses casos é o do Regkirona, anticorpo monoclonal — um tipo de medicamento biológico desenvolvido em laboratório — da farmacêutica sul-coreana Celltrion Healthcare.
Essa é a situação também do do Olumiant, da farmacêutica Eli Lilly. Ele é usado, originalmente, no tratamento de artrite reumatoide, mas teve resultados positivos para a Covid-19 e recebeu autorização da Anvisa para este uso.
E, por último, o antiviral em infusão Rendesivir, batizado comercialmente de Veklury. O medicamento chegou a receber uma negativa da Conitec, sob a justificativa de falta de benefício claro de seu uso. Em entrevista ao O GLOBO, a Gilead Sciences, farmacêutica responsável por seu desenvolvimento, disse que apresentará um novo pedido ao comitê.
"Hoje estamos disponíveis só na rede privada brasileira. Vamos submeter novamente o pedido à Conitec porque temos dados novos e consistentes que mostram a redução da mortalidade", disse Christian Schneider, diretor geral da Gilead no Brasil.


