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Faroeste: Desembargadora e filho alegam que foram ameaçados antes e depois de delação inédita no Judiciário

Sandra Inês é a primeira desembargadora do Brasil a firmar um acordo de colaboração premiada avalizado pelo Superior Tribunal de Justiça

Por Da Redação
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Faroeste: Desembargadora e filho alegam que foram ameaçados antes e depois de delação inédita no Judiciário

Foto: Reprodução/ TJ

A desembargadora do Tribunal da Justiça da Bahia, Sandra Inês Rusciolelli e o filho, Vasco Rusciolelli, relataram ter recebido ameaças e retaliações de pessoas e de instituições, antes e depois de planejarem firmar a delação que implicaria em 68 nomes de magistrados, advogados, servidores públicos e empresários.

Sandra Inês é a primeira desembargadora do Brasil a firmar um acordo de colaboração premiada avalizado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A colaboração foi feita após ela ser alvo da Operação Faroeste, principal investigação sobre suspeitas de vendas de decisões judicial do país.

A desembargadora foi presa em março do ano passado após uma ação da Polícia Federal identificar o pagamento de R$ 250 mil ao filho para que ela desse um despacho favorável a uma empresa. 

Mãe e filho foram denunciados por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro e de integrar organização criminosa. De acordo com o Ministério Público Federal, os dois negociaram propinas de R$ 4 milhões e receberam, efetivamente, R$ 2,4 milhões.

Desde setembro, ambos estão em prisão domiciliar em Salvador, com tornozeleira eletrônica. A transferência foi feita quando já negociavam a delação com a Procuradoria-Geral da República, mas também porque registraram que consideravam estar sob risco na prisão.

A desembargadora afirmou na delação que era coagida a dar decisões favoráveis a desembargadores que são apontados como ligados ao grupo do empresário Adailton Maturino, o “falso cônsul”, que tinha interesses em terras do oeste baiano.

Um trecho da delação, que aparece na última denúncia feita pela PGR, aponta que em um celular apreendido havia ameaças de morte.

À Procuradoria a defesa dos dois disse que Vasco chegou a ser ameaçado pelo menos três vezes na cadeia: por um advogado, por um policial e pelo irmão de um policial, este último com uma faca. 

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