Faturamento de shoppings reabertos não tiveram retorno positivo
Lojistas veem redução de horário de funcionamento como um dos motivos do baixo fluxo de clientes

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Mesmo após a reabertura dos shoppings com horário reduzido e restrições no número de pessoas, os clientes não se sentem seguros mesmo com os centros comerciais seguindo o protocolo se segurança, e, por esse motivo, o retorno dos faturamentos não têm sido positivos. Segundo a Associação de Lojistas de Shoppings (Alshop) e a Associação Brasileira dos Lojistas Satélites (Ablos) as lojas estão vendendo entre 15% e 20% do que faturavam no período do ano passado.
Entre o início de março e a primeira quinzena deste mês, os shoppings espalhados pelo País acumulam queda de vendas de quase 70% em relação a épocas normais, segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), que reúne os donos de shoppings.
“O que temos observado é uma desaceleração na queda das vendas, semana a semana, principalmente nas regiões que iniciaram a retomada primeiro”, diz o presidente da Abrasce, Glauco Humai.
Tito Bessa, presidente da Ablos, ressalta que com a questão do horário limitado (quatro horas) o fluxo de consumidores ficou concentrado e os lojistas não conseguem pagar os funcionários, já que a venda tem sido baixa nesse curto período. Além disso, a capacidade de receber os clientes foi limitada a 20% da loja. “Não sei se as pessoas não estão indo para a loja ou desistem de ir porque o fluxo é limitado e não vão conseguir entrar”, diz, ao destacar que o que se vê é a rua cheia e o shopping vazio.
O presidente da Alshop, Nabil Sahyoun, ainda tem expectativa de que tudo melhore e de que o horário de funcionamento seja ampliado de quatro para seis horas na virada do mês, com a chegada da fase amarela.