Fazendeiro alagoano é denunciado por grilagem no oeste da Bahia
João Toledo de Albuquerque é o tabelião mais rico da região

Foto: Reprodução
O tabelião e fazendeiro, João Toledo de Albuquerque, conhecido como Alagoano, teria invadido propriedades no oeste baiano e realizado a famosa grilagem.
O esquema de “grilagem” é antigo e histórico no Brasil. Consiste na falsidade de documentos oficias sobre a posse de uma área. Leva esse nome, pois os papeis eram colocados em caixas com grilos para amarelarem e se desgastarem, a fim de parecerem mais antigos e verídicos.
De acordo com boletim de ocorrência, registrado na 11ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), em Formosa do Rio Preto, no dia 4 de outubro, Alagoano teria invadido áreas da propriedade de José Valter Dias, Paulo Mizoto e Luiz Cardi.
Um funcionário da Fazenda Serra Geral III informou que um grupo de homens armados, a mando do fazendeiro, estava cavando buracos e colocando mourões para construir uma cerca na propriedade. Os invasores teriam se negado a deixar a área e a suspender a construção da cerca.
No dia 10 de outubro foi aberto um inquérito para apurar a invasão nas terras da família de José Valter, por esbulho possessório e porte ilegal de arma de fogo, praticado por João Toledo. De acordo com os proprietários das terras invadidas, o Alagoano, junto com a “milícia armada, tem transformado o oeste da Bahia em um verdadeiro caos”.
Eles relatam que João Toledo escolheu a região para ser seu “eldorado de ilicitudes”, desrespeitando os legítimos proprietários das áreas cultivadas. Em maio de 2018, Toledo foi condenado pela Vara da Justiça Federal em Barreiras por desmatar 6,6 mil hectares de uma área protegida na Fazenda Gerais, em Formosa do Rio Preto. A ação foi movida pelo Ministério Público Federal (MPF).
O desmatamento chegou a atingir uma área de 7,2 mil hectares dentro da Unidade Conservação Federal de Proteção Integral Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins. A sentença da juíza federal Gabriela Macedo Ferreira, condenou João Toledo a um ano e seis de prisão, mas converteu a pena em prestação de serviço comunitário.
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