Fibromialgia: dor invisível de difícil diagnóstico

Afeta cerca de 3% dos brasileiros, sendo a maioria mulheres entre 30 e 55 anos

[Fibromialgia: dor invisível de difícil diagnóstico ]

FOTO: Divulgação

 A fibromialgia, que tem seu dia “comemorado” no dia 12 de maio,  é uma doença silenciosa, de difícil diagnóstico e, de acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), a fibromialgia afeta cerca de 3% dos brasileiros, sendo a maioria mulheres entre 30 e 55 anos.  A Organização Mundial da Saúde estima que a taxa de incidência da doença varia de 3% a 6% da população mundial.

Segundo o Dr. Levi Jales Neto, reumatologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, O diagnóstico é feito pela história clínica e exames físicos. “Preenchendo os critérios diagnósticos de dor difusa crônica (mais de 3 meses), excluindo outras doenças que causam dor crônica e a associação de sintomas como fadiga e distúrbios do sono, é possível diagnosticar a fibromialgia”, afirma. 

E apesar do paciente apresentar um quadro de dor prolongado, ele pode ser confundido com a dor crônica, mas a relação das duas é maior do que parece. “Fibromialgia é uma das causas de dor crônica, representa uma síndrome que tem como característica principal a sensibilidade à dor aumentada”,  pontua Levi.

O especialista lembra que o paciente de fibromialgia tem a qualidade de vida muito reduzida por conta do diagnóstico tardio, o excesso de medicamento e os próprios males da doença. “A qualidade de vida fica prejudicada. Alguns efeitos adversos das medicações podem causar sintomas como boca seca, aumento do peso, constipação ou sonolência. Por isso, devemos estimular as medidas não medicamentosas, como a atividade física. Geralmente, com o tratamento adequado as pessoas com fibromialgia têm sua rotina diária preservada”, pondera. E sim, a fibromialgia tem relação direta com a depressão, doença que afeta 4,4% da população mundial e 5,8% dos brasileiros, segundo dados da OMS. “Até 50% das pessoas com fibromialgia têm depressão e 70% transtorno da ansiedade. Isso se deve a redução de serotonina no sistema nervoso central”, explica. 

Tratamentos - O reumatologista analisa que existem, atualmente, tratamentos muito bons, mas que tornam o paciente praticamente dependente deles, já que a dor está sempre presente. “Tratamento medicamentoso como antidepressivos e anticonvulsivantes, relaxantes musculares, acupuntura, psicoterapia e atividade física aeróbica são os tratamentos já bem estabelecidos para fibromialgia. Outros tratamentos promissores como a estimulação magnética transcraniana e o uso de quetamina foram publicados em periódicos médicos, demonstrando eficácia na fibromialgia”, conta o médico.
 


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