Filhos de Gandhy retira cláusula que proíbe participação de homens trans no bloco
Decisão ocorreu após acordo com o MP-BA

Foto: Fernando Vivas/GOVBA
O bloco Afoxé Filhos de Gandhy, após acordo com o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), retirou do estatuto interno a cláusula que vetava a participação de homens trans.
Ação ocorre após o bloco compartilhar com os foliões, em fevereiro deste ano, um termo de aceite com 10 itens entre regras e orientações no qual uma das deliberações seria a participação exclusiva do público masculino cisgênero.
Após repercussão negativa, o Afoxé Filhos de Gandhy voltou atrás e removeu o termo de exclusividade que vetava acesso aos homens trans. Apesar disso, o tema deu início a uma investigação no Ministério Público.
Por meio do acordo firmado junto a Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos da População LGBTI+ e Combate à LGBTfobia, a Associação Afoxé Filhos de Gandhy se comprometeu a excluir a cláusula do estatuto que restringia a participação de homens trans no bloco. A associação ainda deve divulgar a alteração em suas redes sociais e site, por meio de uma nota pública, afirmando que homens trans são bem-vindos no Afoxé Filhos de Gandhy.
O Afoxé ainda irá doar R$ 10 mil ao Coletivo Mães da Resistência, que atua na defesa de familiares de pessoas LGBTI+ vítimas de violência. O valor será revertido para projetos voltados a homens trans. E o bloco será responsável ainda pela produção de até 400 camisas para o Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (Ibrat).