Financiamento de veículos para pessoas físicas cresce 3,5%
Foram feitos mais de 642 mil contratos para o empréstimo bancário

Foto: Arquivo/Agência Brasil
Segundo levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) o número de contratos, por pessoa física, para financiamentos em bancos para compra de carros e motos cresceu 3,5% no primeiro trimestre de 2019 em relação com o mesmo período do ano passado. Sendo assim, o total de contratos ultrapassou o número de 620.337 para 642.003. A Febraban realiza o levantamento com base nas cinco principais instituições bancarias que operam neste segmento e representam 75% do mercado brasileiro.
Os financiamentos de veículos novos para pessoa física cresceram cerca de 7% no primeiro trimestre de 2019 em relação a igual período do ano passado. Já as motos novas tiveram um aumento de 30% no trimestre, passando de 56.132 para 72.591 contratos.
Segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), as vendas de veículos financiadas por bancos com maior participação no setor representam 76,5% do total de unidades comercializadas entre janeiro e março.
“Isso demonstra, apesar daquele primeiro trimestre de muitas incertezas, que talvez tivéssemos um cenário um pouco melhor que 2018, mas ainda era um cenário incerto. E percebemos isso em outros setores da economia que ainda não experimentaram esse crescimento. Aqui a indústria teve uma oportunidade de manter um aquecimento. Se essa tendência se confirmar ao longo dos próximos trimestres e se tivermos ambiente econômico com mais emprego, isso é uma oportunidade para que esse setor seja mola propulsora da economia do país”, disse Leandro Vilain, diretor de Negócios e Operações da Febraban.
O levantamento também apresentou que a faixa etária das pessoas que utilizaram do crédito para compra de veículos foram jovens entre 18 a 25 anos, com alta de 8,5%, seguido pelo grupo de 36 anos a 45 anos, 6,5%.
Uma das teorias que a instituição supõe sobre o aumento da venda de carros nesse período de crise, é que devido a falta de empregos, muitas pessoas se tornaram autônomas. Trabalhando para aplicativos de entrega de produtos ou transporte de pessoas.
“Nesse momento só temos algumas inferências, todas válidas, mas não é possível afirmar ainda. Eu acredito que nunca é um fator só. São um conjunto de fatores, mas dificilmente é um fator apenas [que explica esse aumento dos financiamentos”, acrescentou Vilain.


