Fiocruz diz que variante Ômicron representa quase 100% dos genomas sequenciados
Estudo ocorreu no período de 11 de fevereiro a 3 de março de 2022

Foto: Vinícius Marinho/Fiocruz
Uma pesquisa divulgada pela Rede Genômica Fiocruz, nesta sexta-feira (11), trouxe uma atualização dos resultados da vigilância sobre as linhagens e variantes do vírus Sars-CoV-2 no Brasil. O estudo ocorreu no período de 11 de fevereiro a 3 de março de 2022 e retificou que a variante Ômicron representa quase 100% dos genomas sequenciados.
Em fevereiro, a variante Ômicron correspondeu a mais de 99,7% dos genomas sequenciados, ante 95,9% em janeiro e 39,4% em dezembro. A publicação indica também que a circulação da subvariante BA.2, detectada no país no início de fevereiro, é considerada baixa, com apenas 21 casos registrados.
A pesquisa foi realizada a partir do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), no Rio de Janeiro, e os laboratórios integrantes da Rede Genômica Fiocruz em outros cinco estados (Amazonas, Bahia, Ceará, Minas Gerais e Pernambuco) produziram 2.971 genomas. O acesso à base de dados EpiCoV do Gisaid, uma iniciativa internacional de vigilância genômica de novo coronavírus e Influenza, também auxilia o trabalho de monitoramento da Rede.
O estudo apontou que, no momento, a Ômicron é classificada em mais de 40 linhagens, iniciadas pela sigla BA. No Brasil, foram identificadas apenas três: BA.1 (13.072 genomas), BA.1.1 (2.193 genomas) e BA.2 (21 genomas).
Neste relatório, a mediana do intervalo entre a coleta da amostra e o depósito do genoma no Gisaid foi de 59 dias, com diferenças significativas entre as unidades federativas. Entretanto, os pesquisadores ressaltam que há uma forte tendência a diminuir este intervalo, uma vez que, nos últimos meses, a mediana ficou abaixo de 31 dias.


