Fiocruz recomenda taxa de 90% de imunizações completas para realização do carnaval
Nota foi encaminhada à Câmara Municipal da Cidade de Salvador

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, enviou nesta terça-feira (23), uma recomendação à Câmara Municipal da Cidade de Salvador, de que o país tenha ao menos 90% da população vacinada para a realização do Carnaval.
O vereador Carlos Tinoco, presidente da Comissão de Retomada de Eventos, havia solicitado uma audiência pública com a Diretora do Fiocruz da Bahia, Marilda de Souza Gonçalves, que não pode comparecer.
Em um ofício enviado à Câmara, Marilda afirma que decisão depende do cenário no "período que antecede o carnaval", que deve ser analisado a partir de janeiro.
“A primeira questão é que tudo dependerá do cenário no período que antecede o carnaval, a partir de janeiro. Embora o cenário no Brasil esteja melhorando, não temos nenhuma garantia de que irá permanecer do mesmo modo, como está ocorrendo agora na Europa. Há ainda muitas incertezas e tudo dependerá da evolução da pandemia nos próximos meses (dezembro com festas de fim ano e janeiro com férias)", afirmou.
Além disso, a diretora afirma que, por se tratar de uma festa com alcance mundial, a recomendação de percentual de vacinação deve ser ainda maior do que o normal, de 80%.
"Considerando que o carnaval é um evento de massa, com muitas aglomerações e circulação de pessoas (de outros estados e países), consideramos muito importante que a vacinação tenha avançado mais ainda, com pelo menos 90%", afirmou, informando que as autoridades devem aproveitar a oportunidade para incentivar a vacinação entre jovens e adolescentes.
Marilda também recomenda a obrigatoriedade do passaporte da vacina para a entrada de turistas de outros países.
"De modo adicional, o controle do passaporte de vacina para a chegada de viajantes de outros países seria fundamental, pois ainda há muitas pessoas não vacinadas nos EUA e Europa que podem considerar o Brasil um bom destino para os grupos anti-vacina", concluiu.