Flamengo bloqueia pagamento a clubes da Libra e dupla BA-VI deixa de receber mais de R$ 11 milhões
No total, mais de R$77 milhões foram bloqueados

Foto: Livia Villas Boas/CBF
O Flamengo conseguiu na Justiça do Rio de Janeiro uma liminar que impede o pagamento de R$ 77 milhões da Globo aos clubes da Libra. Diante disso, os clubes que integram o bloco, que incluem Bahia e Vitória, ficaram sem receber os valores que seriam pagos na última quinta-feira (25). A quantia chega a ultrapassar R$ 11 milhões.
Ao todo, foram bloqueados R$ 77,1 milhões. Pelo rateio estabelecido, o Flamengo teria direito a R$ 17,4 milhões, o Bahia R$ 7,17 milhões e o Vitória R$ 4,59 milhões. Outros clubes também foram afetados como o São Paulo (R$ 13,38 mi), Palmeiras (R$ 12,32 mi), Santos (R$ 9,47 mi), Atlético-MG (R$ 7,72 mi), Bahia e Red Bull Bragantino (R$ 4,93 mi). O Grêmio que também integra o bloco, não teria valores a receber.
Dirigentes atestam que o movimento é uma tentativa do Flamengo de sufocar os membros do próprio bloco para mudança nos critérios de distribuição da verba referente à audiência, o que representa 30% no total do contrato com a Globo.
Caso a proposta tivesse passado, o Flamengo veria o repasse aumentar de 17,4 milhões para R$ 18,8 milhões nesta semana parcela. Um acréscimo de R$ 1,35 milhão, que se repetiria nos próximos pagamentos até 2029.
A ideia foi rejeitada em agosto pela maioria dos participantes da liga (somente o Volta Redonda voltou favorável e o Paysandu se absteve). Em decorrência da rejeição, o Rubro-Negro carioca recorreu à Justiça. O pedido foi aceito pela desembargadora Lúcia Helena do Passo, que determinou que os valores sejam retidos até a decisão final.
O Flamengo, em compensação, entende que a disputa na Justiça foi o caminho viável para poder resolver um debate que dura aproximadamente dez meses. A Libra ainda tenta resolver a situação na Justiça.
"A Libra sempre se dedicou a atender aos interesses dos associados, incluindo questionamentos do Flamengo em relação ao modelo vigente. Mesmo se tratando de um tema debatido exaustivamente no passado, o assunto voltou à pauta e foi submetido à vontade democrática de todos os membros, que votaram pela manutenção do formato atual. A instituição não poupará esforços para defender na justiça a legitimidade das decisões coletivas e o cumprimento dos contratos"", informou a liga, em nota divulgada na manhã desta sexta-feira à UOL.