Fome usada como arma durante conflito representa um crime de guerra, diz chefe humanitário da ONU
De acordo Griffiths, os países em situação mais alarmante de fome são Etiópia, Nigéria, Sudão do Sul e Iême

Foto: UNRWA / Mohamed Hinnawi
O subsecretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Martin Griffiths, declarou ao Conselho de Segurança, que a fome usada como arma durante o conflito representa um crime de guerra.
A reunião que ocorreu na quinta-feira, 15 foi solicitada pelas Missões do Brasil e da Irlanda.
Griffiths lembrou que, além de paz e segurança, o órgão da ONU se comprometeu a abordar questões de fome e insegurança alimentar induzidas por conflitos.
De acordo com o chefe humanitário, os países em situação mais alarmante de fome são Etiópia, Nigéria, Sudão do Sul e Iêmen. As quatro nações estão na fase 5, a mais alta da classificação utilizada pela ONU para monitorar a insegurança alimentar. E ainda citou a piora na situação do Afeganistão e Somália.
Martin avalia que o aumento do sofrimento causado pela fome tem impacto direto e indireto de conflitos e enxerga um padrão nos acontecimentos: civis são atacados e deslocados, perdem suas fontes de subsistência, e a violência interrompe os mercados, a produção de comida e a geração de renda.
Além dos conflitos, os países citados por Griffiths também sofrem com o impacto das mudanças climáticas.