Funcionário do consulado britânico acusa polícia chinesa de tortura
Simon Cheng é acusado de espionagem e ser agitador político

Foto: Reprodução
Um funcionário do consulado britânico acusou a polícia chinesa de tortura após afirmar que ele era espião do Reino Unido, além de ter instigado os protestos antigovernamentais que começaram em junho passado em Hong Kong. Pelo facebook, Simon Cheng explicou que foi detido na parte controlada pelas autoridades chinesas da estação ferroviária de alta velocidade, que liga Hong Kong a Shenzhen.
Segundo a imprensa estatal chinesa, Cheng foi detido por ter recorrido a prostituição, mas o funcionário do consulado britânico garantiu que foi apenas "fazer uma massagem" e que foi a polícia que o obrigou a assinar uma confissão, gravada em vídeo.
Ele também afirmou ter sofrido ferimentos nos tornozelos, coxas, pulsos e joelhos, que o deixaram incapaz de andar durante vários dias, acrescentando que outros jovens de Hong Kong também estavam detidos no mesmo local.
A denúncia de Simon Cheng levou o secretário de Estado britânico para os Negócios Estrangeiros, Dominic Raab, a chamar nesta quarta-feira (20) o embaixador chinês em Londres, tendo afirmado à BBC que se sentia "indignado" pelos "vergonhosos maus-tratos" dados pela China a Simon Cheng.