Funcionários do Banco Mundial pedem investigação de Weintraub por desinformação
O documento menciona publicações no Twitter feitas pelo ex-ministro contra a vacina da Covid-19 produzida pelo Instituto Butantan

Foto: Agência Brasil
Funcionários do Banco Mundial, onde o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub é diretor-executivo, pediram em um documento que o brasileiro seja investigado por desinformação em redes sociais sobre a Covid-19 e também por fazer campanha política para cargo eletivo no Brasil.
De acordo com a CNN, o documento menciona publicações no Twitter feitas pelo ex-ministro contra a vacina da Covid-19 produzida pelo Instituto Butantan, de origem chinesa, além de vídeos do YouTube nos quais Weintraub diz que "as novas variantes do coronavírus são uma prova de que o vírus foi criado em laboratório".
O documento enviado ao Comitê de Ética da instituição, os funcionários do Banco Mundial afirmam que "comportamentos e ações do Sr. Weintraub enquanto membro ativo do Conselho têm gerado preocupações na equipe". A denúncia afirma que as declarações são incompatíveis com o objetivo do Banco Mundial de "lutar contra a Covid-19 em todo o mundo" e que é "inaceitável que um membro do Conselho da Instituição publique informações falsas em redes sociais, aparentemente com o objetivo de politizar a pandemia ou contribuir com teorias da conspiração".
A segunda acusação dos funcionários do banco é de que Weintraub estaria se promovendo politicamente para cargos eletivos brasileiros enquanto funcionário da instituição, o que vai contra seu regulamento de Ética.
Ainda na carta, os funcionários "pedem formalmente que o Comitê de Ética investigue os comportamentos e ações do Sr. Weintraub, conforme alegado pela equipe do Banco Mundial, para assegurar que estão alinhados com o Código de Conduta e os Valores da instituição".
O documento não deixa claro se Weintraub teria de deixar o cargo como diretor-executivo caso a investigação conclua que suas atitudes contrariam a conduta do banco.