Em reportagem que foi ao ar no Fantástico, no último domingo (19), a Fundação Dr. Jesus, do deputado federal Pastor Sargento Isidório (Avante), foi acusada de praticar maus tratos contra internos. Castigos físicos, racionamento de comida e repressão sexual são algumas das situações praticadas na instituição que foram mostradas.

Em determinado momento da reportagem, o deputado baiano aparece dando declarações transfóbicas. "Você deixou o diabo lhe enganar. Você deixou o médico cortar o seu pé de sofá. Ela só pensa que tem 'bilau'. O diabo diz ao homem que ele pode ser mulher, aí ele se veste todo, bota silicone", disse Isidório.

Em outro momento da matéria, o pastor zomba da medicina ao mostrar um facão e dizer que "meu psiquiatra chegou. Seu psiquiatra chegou". Mais adiante, monitores e ex-internos falam sobre os castigos aplicados na instituição, como internos que chegam a ficar três dias só comendo arroz.

De acordo com a apuração do Fantástico, a fundação recebeu, desde 2015, um repasse de R$ 84 milhões do Governo da Bahia. Através de nota, a gestão estadual informou que os investimentos na Fundação Dr. Jesus seguem a lei e que a denúncia será apurada.

Nas redes sociais, a instituição alvo das denúncias compartilhou uma série de declarações em sua defesa. Em uma delas, a reportagem exibida pelo Fantástico é chamada de "lixo" enquanto, em outra, é dito que a matéria representa uma "perseguição política ao deputado federal Isidório". 

Já o político baiano afirmou que é, apenas, um colaborador voluntário e que perguntas técnicas e administrativas devem ser feitas à instituição, que não se pronunciou oficialmente. Através de sua página do Instagram, Isidório compartilhou um vídeo seu com internos da fundação em clima de harmonia.

 

 

 

 

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