Furacão Melissa e temporais deixam quase 50 mortos no Haiti e Jamaica
Força da tempestade já superou a de furacões como Katrina, que arrasou a cidade de Nova Orleans em 2005
Foto: Divulgação/NOAA / Centro Nacional de Furacões dos EUA
Cerca de 49 pessoas morreram em decorrência dos temporais no Atlâtico, que inclusive, foram impulsionados pela passagem do furacão Melissa. Entre os mortos, 30 foram registrados no Haiti, enquanto outros 19 na Jamaica.
Segundo análise divulgado pelo Imperial College de Londres, a força e capacidade destrutiva do furacão se intensificaram devido à mudança climática provocada pela atividade humana.
O Haiti não foi atingido diretamente pelo furacão, mas sim pelas fortes chuvas, com ao menos 30 pessoas mortas e 20 desaparecidas, segundo um novo balanço oficial divulgado na quinta-feira (30). Entre as mortes, 23 foram causadas devido a uma inundação repentina no sudoeste do país.
A ministra da Informação da Jamaica, Dana Morris Dixon, informou que segundo o balanço do país, foram registradas 19 mortes em decorrência do furacão Melissa.
Já em Cuba, a tempestade provocou o desabamento de seções de casas e a perda de telhados. A cidade de Santiago de Cuba, inclusive, foi afetada com interrompimento do fornecimento de energia após cabos de alta tensão serem derrubados.
As autoridades cubanas informaram que cerca de 735 mil pessoas foram evacuadas, especialmente nas províncias de Santiago de Cuba, Holguín e Guantánamo.
Auxílio de demais países
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou, em publicação na plataforma X, que o país "está preparado para fornecer assistência humanitária imediata” ao “corajoso povo cubano”.
O chanceler venezuelano, Yván Gil, também declarou interesse em ajudar os países, ao afirmar que a Venezuela enviará cerca de US$ 3,3 milhões para a região e disse que colocará voos à disposição para facilitar a saída de cidadãos britânicos de Jamaica.
Furacão Melissa supera força de Katrina
Além das mortes registradas no Haiti e Jamaica, Melissa também causou uma morte na República Dominicana e três no Panamá. Com ventos de cerca de 300km/h, segundo dados meteorológicos da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos, a força da tempestade superou a de furacões como Katrina, que arrasou a cidade de Nova Orleans em 2005.
Segundo o primeiro-ministro de Jamaica, Andrew Holness, a devastação causada por Melissa na Jamaica atinge “níveis nunca vistos” na ilha. Cientistas afirmam que a mudança climática causada pelo ser humano intensificou as grandes tempestades e aumentou sua frequência.
