Gasolina é responsável por metade da inflação oficial em fevereiro
Taxa de 0,86% é maior para o mês desde 2016, quando ficou em 0,9%

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, ficou em 0,86% em fevereiro, após subir 0,25% em janeiro. A taxa é maior para o mês desde 2016, quando ficou em 0,9%. O principal fator de alta veio da gasolina, que subiu 7,11%. O item foi responsável por 42% da inflação de fevereiro. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Temos tido aumentos no preço da gasolina, que são dados nas refinarias, mas uma parte deles acaba sendo repassada ao consumidor final. No início de fevereiro, por exemplo, tivemos um aumento de 8%, e depois de mais de 10%. Esses aumentos subsequentes no preço do combustível explicam essa alta”, diz em nota o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov
Além da gasolina, outros combustíveis tiveram forte peso na alta da inflação. A exemplo o etanol (8,06%), do óleo diesel (5,40%) e do gás veicular (0,69%) que também subiram. Com isso, os combustíveis acumulam alta de 28,44% nos últimos nove meses, aponta o IBGE.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram avanço nos preços em fevereiro. Confira:
Alimentação e bebidas: 0,27%
Habitação: 0,40%
Artigos de residência: 0,66%
Vestuário: 0,38%
Transportes: 2,28%
Saúde e cuidados pessoais: 0,6%
Despesas pessoais: 0,17%
Educação: 2,48%
Comunicação: -0,13%
Desaceleração
Pelo terceiro mês seguido, a alta de alimentação e bebidas desaceleraram. Depois de atingiu 2,4% e 1,74 em novembro e dezembro de 2020, ficou em 1,02% no mês passado.
Na alimentação no domicílio (0,28%), contribuíram para essa desaceleração as quedas da batata-inglesa (-14,70%), do tomate (-8,55%), do leite longa vida (-3,30%), do óleo de soja (-3,15%) e do arroz (-1,52%). Por outro lado, os preços da cebola (15,59%) seguem em alta e as carnes, que haviam apresentado queda de 0,08% em janeiro, subiram 1,72% em fevereiro.
Preços nas regiões
Veja as taxas de cada local:
Fortaleza: 1,48%
Belém: 1,41%
Brasília: 1,18%
Rio Branco: 1,05%
Aracaju: 1,05%
Vitória: 1,00%
Salvador: 0,26%
Curitiba: 0,92%
Campo Grande: 0,92%
Porto Alegre: 0,86%
São Luís: 0,83%
São Paulo: 0,83%
Recife: 0,77%
Goiânia: 0,76%
Belo Horizonte: 0,73%
Rio de Janeiro: 0,38%


