Gasolina já subiu 13% nas refinarias em 2021 e deve ficar mais cara

Diesel foi reajustado em 4,4%

Por Da Redação
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Gasolina já subiu 13% nas refinarias em 2021 e deve ficar mais cara

Foto: Agência Brasil

Apenas no segundo mês de 2021, a gasolina já subiu 13% nas refinarias e deve ficar ainda mais cara. Até o momento, a Petrobras já anunciou reajuste de 7,6% em 8 de janeiro e outro de 5% no dia 26 do mesmo mês. Já o diesel, que preocupa os caminhoneiros, foi reajustado em 4,4%. O aumento esperado dos preços reflete a expectativa de valorização do barril do petróleo, diante da previsão de manutenção da oferta restrita pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) e Rússia, aliada ao crescimento projetado da economia mundial com o avanço da vacinação contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. 

Além disso, há uma incerteza com relação ao câmbio, diante do desequilíbrio das contas públicas nacionais. Os analistas estimam que deve vir mais alta de preços dos combustíveis por aí, já que os valores praticados pela Petrobras no mercado interno seguem abaixo do mercado internacional, que serve de referência para os reajustes da estatal.

Consumidor

Em relação ao impacto dos preços no bolso do consumidor,  a expectativa dos analistas é de uma alta entre 8% e 10% do preço da gasolina neste ano e um pouco menos do que isso para o diesel, devido à sensibilidade política do reajuste desse combustível desde a greve nacional dos caminhoneiros de 2018.

A gasolina pesa no bolso do consumidor de classe média que tem carro e dos trabalhadores que dependem de veículos automotores para seu sustento, como motoristas de aplicativos e entregadores. Já o diesel tem peso direto menor no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial de inflação do país, mas um impacto indireto muito maior, pesando no frete de todos os produtos transportados por rodovias e em alguns custos industriais.

Preço de Paridade Internacional

A Petrobras adotou em 2016 o chamado Preço de Paridade Internacional (PPI), uma resposta à política de controle de preços dos combustíveis que vigorou durante o governo Dilma Rousseff (PT), que deteriorou a contabilidade da empresa. Quando foi estabelecida a nova política de preços, eles chegaram a variar quase que diariamente, seguindo a flutuação do mercado internacional. A fórmula usada pela Petrobras para calcular a relação entre os preços praticados pela empresa no Brasil e o mercado internacional não é conhecida. 

Dessa forma, cada consultoria chega a um resultado diferente, com base em parâmetros como o preço da gasolina no Golfo do México, nos Estados Unidos, cotações em Bolsa e outros. A Ativa Investimentos, por exemplo, calcula que a gasolina pode ter ainda um reajuste potencial de 9%. Já o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) estima que a defasagem está em R$ 0,28 para o diesel e R$ 0,30 para a gasolina, equivalentes a cerca de 12% e 13% de diferença.

 

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