Gasolina tem maior período sem reajuste desde 2016, diz pesquisa
Defasado há 50 dias, combustivel foi reajustado em 10 de março
Um levantamento feito pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), divulgado pela CNN nessa terça-feira (14), aponta que a diferença da gasolina vendida pela Petrobras e da gasolina importada de fora do Brasil é apenas de oitenta e dois centavos. Para as distribuidoras, trazer o combustível do exterior está mais caro do que comprar da Petrobras desde 25 de abril, portanto há 50 dias nas contas dos importadores.
O último reajuste no valor da gasolina foi anunciado no dia 10 de março e passou a valer no dia seguinte. A alta foi de 18,7% duas semanas depois de a Rússia ter invadido a Ucrânia. Segundo o levantamento, são 95 dias sem mudar o preço. Este é o maior período sem mudanças desde 2016, quando foi instituída a política de paridade internacional dos preços, decisão tomada em conjunto pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) e o então comandante da Petrobras, Pedro Parente.
Tanto em 2021, quanto em 2022, o maior intervalo sem reajustes, para mais ou para menos, tinha sido de 58 dias. Também em defasagem, segundo o levantamento, o diesel é visto como alvo mais provável de um aumento de preços devido ao risco de crise mundial do combustível.
