Gastos sigilosos da Presidência ultrapassam R$ 19 milhões
Compra mais cara de Bolsonaro custou R$ 83,3 mil

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A Presidência da República gastou, até o início de dezembro deste ano, pouco mais de R$ 19,8 milhões despesas sigilosas no Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF). Por mês, o valor equivale a uma média de R$ 1,6 milhão. A informação é do (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles.
O valor é 28% superior ao que foi desembolsado no mesmo período do primeiro ano de governo de Bolsonaro, que gastou R$ 15,5 milhões em compras não divulgadas.
Nem todas as despesas são ligadas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), pois os números também incluem custos do gabinete do vice-presidente, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e da Secretaria Especial de Administração.
Contudo, Bolsonaro, segundo o levantamento, fez 8.693 compras registradas como informações sigilosas utilizando o cartão corporativo, como é chamado o CPGF. De um lado, houve uma compra que custou R$ 3,60 dos cofres públicos, no entanto, no outro, chegou a R$ 83,23 mil.
Ao somar com todos os gastos sigilosos do governo, isto inclui os ministérios, a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU), o valor é ainda maior: R$ 29.777.068,64. Depois da Presidência, as pastas que mais gastaram com compras "secretas" foram o Ministério da Justiça e Segurança Pública, que desembolsou R$ 9,6 milhões, e o Ministério da Economia, com R$ 300 mil em gastos.