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Ginecologista destaca a importância do diagnóstico precoce no câncer de mama

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Ginecologista destaca a importância do diagnóstico precoce no câncer de mama

Confira a primeira reportagem da série Outubro Rosa que o Farol da Bahia fará ao longo do mês de outubro

Por Da Redação
Ginecologista destaca a importância do diagnóstico precoce no câncer de mama
Foto: Reprodução

Durante todo o mês de outubro é desenvolvida a Campanha Nacional ‘Outubro Rosa’, que visa prevenir o câncer de mama no Brasil e o Farol da Bahia preparou uma série de entrevistas ao longo do mês, com especialistas e pacientes, para abordar esse tema tão importante. O primeiro da série é com o doutor Robert Pedrosa, ginecologista, mestre e Supervisor de Residência Médica Ginecologia  e Obstetrícia do Hospital Geral Roberto Santos. Confira: 

O câncer de mama é segundo tipo que mais acomete brasileiras, representando em torno de 25% de todos os cânceres que afetam o sexo feminino. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que em 2020, 66.280 mulheres desenvolverão a doença.

De acordo com os dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, cerca de uma a cada 12 mulheres terão um tumor nas mamas até os 90 anos de idade.

Por ano, mais de 2 milhões de casos são descobertos no mundo, e 627 mil mulheres morrem vítimas da doença. 

Segundo o INCA, se os países forem divididos em cinco grupos, de acordo com a incidência de câncer de mama, o Brasil está no segundo grupo mais afetado pela doença, que é mais incidente nos países desenvolvidos. Já em relação à mortalidade, o Brasil está no segundo melhor grupo, com 13 casos de óbito para cada 100 mil mulheres, índice que é melhor que o de países desenvolvidos como a França e o Reino Unido.

O médico ginecologista Robert Pedrosa, destaca a importância do diagnóstico precoce e prevenção da doença, indo periodicamente ao ginecologista e mastologista. 

“O ginecologista é a porta de entrada para todos os temas de prevenção e diagnóstico da mulher. Após confirmado o tumor, que vem através de um exame de imagem e com a realização de biópsia, além da realização do exame anatopatológico. Este que confirma a presença do tumor. A partir daí é dado o start para todo o acompanhamento. O ginecologista vai encaminhar ao mastologista e o paciente terá uma equipe multidisciplinar com o oncologista, psicólogos, toda uma rede de apoio”, disse.

O câncer de mama habitualmente acomete mulheres com idade acima de 50 anos. Com as mudanças comportamentais, hábitos de vida, estímulos pelo uso de hormônio, mulheres de 30 a 40 anos podem desenvolver a doença. 

“Pelo Ministério da Saúde, a primeira mamografia deve ser realizada a partir dos 50 anos. A Federação Brasileira de Ginecologia e a Sociedade Brasileira de Mastologia acham que o início do rastreio deve começar a partir dos 40 anos. Orientamos que a mamografia deve ser feita anualmente”, frisou. 

De acordo com Robert Pedrosa, existem vários fatores que podem levar o desenvolvimento do câncer de mama. 

“A idade, fatores endócrinos, história reprodutiva, como exemplo uma gravidez tardia, fatores comportamentais, uso de bebidas alcóolicas, obesidade, tabagismo, exposição a radiações (radioterapia), fatores genéticos e hereditários, que são os mais estudados”, explicou.

O ginecologista informa que os sintomas podem ser percebidos. “A mulher pode notar os sintomas apalpando os seis, observando se existe alguma secreção, com característica de sangue, uma lesão na pele, como se fosse um enrugamento, tamanho da mama aumentar muito, mudança na forma do mamilo. Em algum desses casos, a pessoa deve procurar o médico”, orientou.

Auto exame

Robert Pedrosa afirma que durante muito tempo “bateu-se nessa tecla” do auto exame. Hoje a ideia tem sido desconstruída. 

“A detecção do câncer de mama pelo próprio profissional de saúde dá trabalho. Para a mulher sentir um nódulo através do auto exame, ele precisa estar maior que 1 cm, o que já é considerado um tumor grande. Você submeter a mulher a esse nível de estresse, de ficar todo mês na frente do espelho fazendo todas as manobras acaba gerando um desconforto muito grande. Orientamos hoje que a mulher se observe, se goste, se toque, durante o banho, que faça massagem no seu corpo de maneira lúdica, na observação de algo diferente. Valorizar o próprio seio, do que uma atividade obrigatória, na caça ao câncer de mama”, explicou.

Tratamento

O ginecologista informa que o tratamento do câncer de mama pode ser local, que são cirurgias e radioterapia, tratamento sistêmico, que pode ser quimioterapia ou hormonioterapia, e a terapia biológica.

“No tratamento cirúrgico hoje é muito feito na questão da reconstrução da mama, participação do mastologista com a capacidade de cirurgia plástica. São verdadeiras artes que são feitas”, disse.

O homem também pode ser acometido pelo câncer de mama, apesar de mais raro. “Orientamos que eles observem se existe alguma nodulação, a questão de lesão que não cicatriza, qualquer alteração, é necessário procurar um especialista. Que não fique com receio e tabu”, orientou Robet Pedrosa. 
 

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