Goldman Sachs diminui previsão de crescimento dos EUA para 2021 e 2022 temendo efeitos da Ômicron
A projeção do PIB para este ano caiu de 4,2% para 3,8%; para 2022 a estimativa ficou em 2,9%

Foto: SOPA Images/Getty Images
O Goldam Sachs reduziu sua perspectiva de crescimento para a economia dos Estados Unidos neste e no próximo ano. O banco levou em conta os riscos e as incertezas geradas pela disseminação da nova variante do novo coronavírus, a Ômicron.
A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA deste ano ficou em 3,8% ante a previsão anterior de 4,2%. Para o fim de 2022, a estimativa foi reduzida de 3,3% para 2,9%.
O economista do banco, Joseph Briggs, destacou que a Ômicron, provavelmente, teria apenas um efeito modesto sobre os gastos com serviços e que poderia agravar a escassez de oferta.
A disseminação da nova cepa também pode afetar o mercado de trabalho, já que possivelmente irá atrasar o retorno daqueles que ainda não se sentem confortáveis com o trabalho presencial em tempos de pandemia. E os Estados Unidos enfrentam problemas em preencher vagas ociosas, o que prejudica a retomada econômica.
“Embora muitas perguntas permaneçam sem resposta, agora pensamos que é mais provável um cenário modesto de desvantagem, onde o vírus se espalha mais rapidamente, mas a imunidade contra doenças graves é apenas enfraquecida”, destacou em relatório, o economista do banco, Joseph Briggs.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) também alertou que uma variante pode atrapalhar a recuperação econômica global que estava projetando para o próximo ano. “A maioria dos riscos gerais é negativa”, disse a economista chefe do FMI, Gita Gopinath, em um discurso virtual em uma conferência do Fórum Financeiro Internacional em Guangzhou, no sábado (4).
A preocupação também é compartilhada pela secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen. Na quinta-feira (2), Yellen afirmou que a nova variante pode desacelerar o crescimento econômico global ao exacerbar os problemas da cadeia de suprimentos e diminuir a demanda.